Encontro aborda desafios da saúde pública, integrando esforços intersetoriais, com foco em Vigilância, Mudanças Climáticas e Doenças Tropicais.
O Ministério da Saúde esteve presente em setembro no 59º Congresso Medtrop, um dos principais eventos da área de saúde, onde a Vigilância em saúde foi um dos temas centrais. Durante o evento, cerca de 40 colaboradores da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) participaram de mais de 20 atividades sobre doenças como aids, tuberculose, dengue, febre amarela, hepatites, sífilis, além de mudanças climáticas e emergências em saúde pública.
Além disso, o evento também abordou a importância do Monitoramento contínuo de doenças e a necessidade de uma Supervisão eficaz para prevenir e controlar surtos de doenças. A Vigilância em saúde é fundamental para identificar e responder rapidamente a ameaças à saúde pública, e o Ministério da Saúde está comprometido em fortalecer essa área para proteger a saúde da população. A saúde é um direito de todos e a Vigilância é essencial para garantir que esse direito seja respeitado.
Vigilância: Um Enfoque Estratégico para a Saúde Pública
Durante o 1º Seminário do Programa Brasil Saudável, o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Draurio Barreira, enfatizou a importância da participação no evento, destacando que as pessoas precisam saber que é possível alcançar as metas de eliminação de infecções e doenças que ainda acometem as pessoas mais pobres, especialmente no hemisfério sul, por negligência e desinteresse do enfrentamento de doenças determinadas socialmente. A Vigilância em Saúde é fundamental para monitorar e controlar essas doenças.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, Agnes Soares, destacou a criação de uma coordenação da SVSA criada especialmente para tratar de mudanças climáticas e seus impactos na saúde. De acordo com Agnes, a pasta tem desenvolvido diversas iniciativas para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, incluindo a criação da Coordenação-Geral de Mudanças Climáticas e Equidade em Saúde (CGCLIMA) e a instalação de uma Sala Nacional de Emergência Climáticas, como mecanismo nacional de gestão coordenada para a resposta a emergências climáticas. A Supervisão e Controle dessas ações são essenciais para garantir a eficácia das medidas adotadas.
Monitoramento e Controle: Ferramentas para a Vigilância em Saúde
A coordenadora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis, Letícia Cardoso, moderou a mesa intitulada ‘Impactos das condições climáticas na dupla carga de doenças (tropicais e crônicas). Segundo a coordenadora, ‘não é possível dissociar saúde e meio ambiente, uma vez que o impacto das mudanças climáticas se reflete em primeira mão nas questões de saúde’. A Vigilância em Saúde é fundamental para monitorar e controlar essas doenças, e a coordenação entre os diferentes setores é essencial para garantir a eficácia das medidas adotadas.
O evento contou com 17 atividades focadas no Programa Brasil Saudável, com a participação de técnicos da SVSA, incluindo o 1º Seminário do Programa Nacional Brasil Saudável, que reuniu mais de 140 pessoas. O programa visa eliminar sete doenças como problemas de saúde pública e aborda a transmissão vertical de cinco infecções. Para isso, reúne 14 ministérios e parcerias intersetoriais que contemplam áreas como moradia, renda e acesso ao saneamento básico. A Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS) também foi discutida durante a 59ª edição do Medtrop.
Supervisão e Controle: A Importância da Coordenação
Na presença de gestores, profissionais de saúde e sociedade civil, a equipe da SVSA apresentou a política norteadora do planejamento de vigilância em saúde no Brasil e destacou a necessidade de atuação dos três entes federativos para o sucesso da implantação da política. A Supervisão e Controle dessas ações são essenciais para garantir a eficácia das medidas adotadas. Durante uma mesa redonda sobre a abordagem ‘Uma Só Saúde’ no enfrentamento da influenza aviária, moderada por Greice Madeleine Ikeda do Carmo, Coordenadora-Geral de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, os especialistas discutiram a intersecção entre saúde humana, animal e ambiental.
A consultora técnica do Departamento de Doenças Transmissíveis, Vivyanne Santiago Magalhães, destacou a necessidade de colaboração interdisciplinar: ‘Essa estratégia não apenas melhora a detecção precoce e a resposta rápida, mas também promove a sustentabilidade e a resiliência dos sistemas de saúde.’ A epidemia de dengue de 2024 também foi tema de destaque, com discussões sobre as ações de Vigilância e Controle necessárias para combater a doença.
Fonte: @ Ministério da Saúde