Nano e microplásticos afetam o sistema nervoso e meio ambiente.
Passados vinte anos desde a identificação dos microplásticos, os cientistas começam a entender melhor a amplitude de sua presença no meio ambiente e, mais recentemente, sua influência no corpo humano. A pesquisa sobre microplásticos tem avançado significativamente, revelando não apenas sua ubiquidade, mas também os impactos potenciais na saúde humana e no ecossistema. Estudos recentes indicam que a exposição a esses microplásticos pode ter consequências graves para a saúde, tornando essencial uma maior compreensão sobre como eles interagem com os seres vivos.
A presença de plásticos no ambiente é um problema crescente, e os microplásticos são apenas uma parte desse problema maior. Além disso, esses microplásticos atuam como poluentes, carregando partículas químicas perigosas que podem ser ingeridas por organismos aquáticos e, eventualmente, chegar à cadeia alimentar humana. Pesquisas têm demonstrado que a ingestão de microplásticos pode levar a problemas de saúde, incluindo a absorção de substâncias tóxicas. Medidas para reduzir a quantidade de plásticos no meio ambiente são urgentemente necessárias, pois a contaminação por microplásticos é um desafio que requer ação imediata para proteger o futuro do planeta. Ações concretas, como a implementação de políticas de reciclagem e a conscientização sobre o uso excessivo de plásticos, são fundamentais para mitigar esse problema.
Introdução aos Microplásticos
Os dados recentes sobre a presença de microplásticos em nosso organismo são alarmantes. Um estudo publicado na renomada Nature Medicine, conduzido por cientistas da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México, nos Estados Unidos, revela que a quantidade desses elementos nos nossos órgãos está aumentando com o passar do tempo, afetando principalmente o cérebro. A investigação coletou 28 amostras de cérebro, rim e fígado de corpos que passaram por autópsia em 2016 e repetiu as coletas no sistema nervoso central em 2024. Os resultados mostram que a quantidade de nano e microplásticos presentes no corpo humano está aumentando, com o cérebro acumulando de 7 a 30 vezes mais desses elementos do que o observado no fígado ou nos rins.
Além disso, os cientistas avaliaram 12 amostras adicionais de cérebro de pessoas com demência e descobriram que a quantidade desses pequenos pedacinhos de plástico é maior nesse grupo do que nas pessoas sem esse diagnóstico. Isso destaca a necessidade crítica de entender melhor as rotas de exposição, as vias de absorção e eliminação e as potenciais consequências para a saúde dos plásticos nos tecidos humanos, particularmente no cérebro. Os microplásticos podem absorver poluentes atmosféricos e carregá-los para o corpo, aumentando os riscos de intoxicação. Plásticos biodegradáveis, cada vez mais comuns, têm o potencial de gerar ainda mais microplásticos, além de aderirem com maior facilidade a tecidos biológicos.
Impacto dos Microplásticos na Saúde
Até agora, um número muito pequeno de pesquisas avaliou o impacto dos nano e microplásticos na saúde. No entanto, além da pesquisa mais recente, realizada com americanos, esses elementos já haviam sido detectados no cérebro de moradores de São Paulo, na corrente sanguínea, na placenta e no pulmão de cidadãos ao redor do mundo. A falta de pesquisas conclusivas é uma preocupação, pois os microplásticos podem ter efeitos adversos na saúde humana. Além dos perigos potenciais do próprio plástico, esses elementos podem absorver poluentes atmosféricos e carregá-los para o corpo, aumentando os riscos de intoxicação. Os plásticos, incluindo os biodegradáveis, podem gerar microplásticos, que são partículas pequenas o suficiente para serem absorvidas pelo corpo.
A origem dos microplásticos pode ser direta de produtos comerciais, como cosméticos esfoliantes, ou gerada a partir da decomposição ou do processamento do plástico convencional, inclusive na reciclagem. Isso pode gerar um problema, pois um problema é resolvido, mas gera outro, cujas consequências ainda são grandemente desconhecidas. A presença de microplásticos no meio ambiente é um problema crescente, e a contaminação por microplásticos pode afetar a saúde humana e o meio ambiente. A pesquisa realizada na Universidade Federal de Santa Catarina, liderada pela bióloga Mércia Barcellos da Costa, utilizou teias de aranha para avaliar a presença desses poluentes no ambiente. Os resultados mostram que os microplásticos estão presentes em todo o meio ambiente, incluindo a água, o solo e o ar, e podem ser absorvidos por organismos vivos, incluindo humanos.
Consequências dos Microplásticos
As consequências dos microplásticos para a saúde humana e o meio ambiente são ainda desconhecidas, mas é claro que esses elementos podem ter efeitos adversos. A presença de microplásticos no corpo humano pode afetar o sistema nervoso, e a contaminação por microplásticos pode afetar a saúde de organismos vivos. Além disso, os microplásticos podem absorver poluentes atmosféricos e carregá-los para o corpo, aumentando os riscos de intoxicação. A pesquisa sobre os microplásticos é fundamental para entender melhor as rotas de exposição, as vias de absorção e eliminação e as potenciais consequências para a saúde dos plásticos nos tecidos humanos, particularmente no cérebro. Os plásticos, incluindo os biodegradáveis, podem gerar microplásticos, que são partículas pequenas o suficiente para serem absorvidas pelo corpo, e podem ter efeitos adversos na saúde humana. A contaminação por microplásticos é um problema crescente, e a pesquisa sobre os microplásticos é fundamental para entender melhor as consequências desses poluentes para a saúde humana e o meio ambiente.
Fonte: @ Veja Abril