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Parlamentar acusada de integrar núcleo político de milícia no Rio. Processo ético-disciplinar em andamento na Mesa Diretora. Parecer do relator aguardado.
Por 4 votos a 2, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) arquivou, nesta quinta-feira (20), o processo ético-disciplinar que poderia levar à perda do mandato da deputada Lucinha (PSD). Votaram a favor do arquivamento do processo os deputados Cláudio Caiado (PSD), Júlio Rocha (Agir), Renato Miranda (PL) e Vinícius Cozzolino (União).
A deputada Lucinha (PSD) viu o desfecho do processo com alívio, pois obteve votos favoráveis suficientes para o arquivamento. No entanto, os dois votos contrários demonstram que a situação ainda pode trazer desafios futuros para a parlamentar em questão.
Conselho de Ética analisa processo disciplinar da deputada Lucinha
O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro está avaliando um processo ético-disciplinar envolvendo a deputada Lucinha. Os votos favoráveis e contrários estão sendo cuidadosamente considerados pelos membros do conselho, incluindo a parlamentar Dani Monteiro (PSOL) e Martha Rocha (PDT).
Decisão do Conselho de Ética sobre o processo da deputada Lucinha
Após intensas deliberações, o Conselho de Ética decidiu encaminhar o processo disciplinar da deputada Lucinha à Mesa Diretora da Casa. O parecer do relator e os votos dos deputados serão publicados no Diário Oficial para garantir transparência e amplo conhecimento.
Na última segunda-feira (17), Lucia Helena Pinto de Barros, conhecida como deputada Lucinha, foi denunciada juntamente com sua ex-assessora parlamentar, Ariane Afonso Lima, pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos. A denúncia envolve suspeitas de envolvimento com a milícia denominada Bonde do Zinho, Tropa do Z ou Família Braga, liderada por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, na zona oeste do Rio.
Segundo as investigações, Lucinha e Ariane faziam parte do núcleo político da organização criminosa chefiada por Zinho, que se entregou à Polícia Federal em dezembro do ano passado. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça recebeu a denúncia, que descreve a estrutura da milícia, incluindo núcleos operacional, financeiro e político.
A denúncia destaca a atuação de Lucinha e Ariane em favorecer os interesses dos criminosos junto ao Poder Público, incluindo a divulgação de informações privilegiadas e tentativas de interferência política. Em um episódio específico, as acusadas forneceram dados sobre a agenda do prefeito do Rio, Eduardo Paes, permitindo que milicianos evitassem ações policiais nas áreas sob seu controle.
Além disso, Lucinha e sua ex-assessora foram acusadas de receber informações sigilosas do grupo criminoso para influenciar investigações em andamento. A denúncia menciona ainda a interferência da deputada para a liberação de membros presos da milícia e a tentativa de manter brechas ilegais no transporte público para benefício do grupo.
As acusações incluem ações de Lucinha para remover autoridades policiais e interferir em investigações, levantando preocupações sobre seu comportamento ético e legal. O Conselho de Ética continuará a analisar o caso com rigor e imparcialidade, visando a integridade do processo e a transparência nas decisões parlamentares.
Fonte: @ Agencia Brasil