A Faculdade de Medicina da Bahia tomou medida após liminar barrar nomeação, concedendo vaga a candidata branca com pontuação mais alta, cargo de professora de Otorrinolaringologia no Departamento de Cirurgia Experimental da Universidade Federal da Bahia.
Uma médica negra que havia sido nomeada para o cargo de professora de Otorrinolaringologia na Universidade Federal da Bahia (UFBA) teve sua nomeação confirmada após uma disputa judicial. A decisão havia sido suspensa por uma liminar que beneficiou uma candidata branca com pontuação mais alta, cotista de uma das vagas, no entanto, foi revertida.
Agora, a candidata beneficiada inicialmente pelo processo judicial tem a sua nomeação revogada e deve ser convocada uma outra médica, que anteriormente havia sido cotista e não foi convocada. Nesse contexto, a UFBA foi obrigada a convocar a primeira candidata para o cargo. A candidata negra foi nomeada após uma disputa judicial e lutou por sua nomeação como professora de Otorrinolaringologia na UFBA.
Uma Batalha Judicial pela Equidade
Lorena Pinheiro Figueiredo, uma jovem médica brasileira, enfrentou um desafio inusitado ao ser designada para o cargo de professora adjunta na Faculdade de Medicina da Bahia (FMB), da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O obstáculo veio em forma de uma disputa judicial movida por uma candidata branca, que contestou o uso das cotas como critério de seleção. A nomeação foi oficializada em 29 de março, após a publicação no Diário Oficial da União.
Um Documento Oficial e uma Luta pela Representação
O reitor da UFBA, Paulo Cesar Miguez de Oliveira, assinou um documento oficializando a nomeação de Lorena Pinheiro Figueiredo para o cargo de professora adjunta A, na Classe A, Nível 1. Ela irá atuar no Departamento de Cirurgia Experimental e Especialidades Cirúrgicas da Faculdade de Medicina da Bahia, com uma carga horária de 20 horas semanais. Este cargo é uma conquista significativa para a candidata, que irá contribuir para a representatividade de cotistas em cargos acadêmicos.
Um Caso de Desigualdade Estrutural
O caso de Lorena Pinheiro Figueiredo ressalta a desigualdade estrutural enfrentada por profissionais negros na Medicina e em cargos acadêmicos. A própria candidata questionou a sub-representação de profissionais negros em consultórios e universidades, apontando que a desigualdade não está na qualificação, mas no racismo estrutural. Este é um debate importante que requer atenção e ação para promover a equidade e a igualdade de oportunidades para todos.
Uma Luta Pela Equidade em uma Instituição Pública
A UFBA, como instituição pública, tem o dever de promover a equidade e a igualdade de oportunidades para todos os candidatos. A disputa judicial movida pela candidata branca questionando o uso das cotas como critério de seleção é um exemplo de como pode ser difícil promover a equidade em uma instituição. No entanto, a nomeação de Lorena Pinheiro Figueiredo é um passo importante em direção à promoção da equidade e da representação de cotistas em cargos acadêmicos.
Consequências da Desigualdade Estrutural
A desigualdade estrutural enfrentada por profissionais negros na Medicina e em cargos acadêmicos pode ter consequências graves. A falta de representação pode levar a uma falta de diversidade de perspectivas e experiências, o que pode afetar negativamente a qualidade do ensino e da pesquisa. Além disso, a desigualdade pode também levar a uma falta de acesso a oportunidades e recursos, o que pode reforçar a desigualdade.
Uma Voz para a Mudança
Lorena Pinheiro Figueiredo é uma voz para a mudança. Ela está trabalhando para promover a equidade e a igualdade de oportunidades para todos, especialmente para profissionais negros. Sua luta é um exemplo de como pode ser possível promover mudanças positivas em uma instituição pública. Sua nomeação é um passo importante em direção à promoção da equidade e da representação de cotistas em cargos acadêmicos.
Fonte: @ Nos