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Estudante de psicologia Elene Deisadze, da Geórgia, descobriu um segredo de família ao navegar no TikTok em 2022. Envolvendo certidões falsas e um grande esquema de óbitos.
A universitária de psicologia Elene Deisadze, da Geórgia, sempre gostou de passar horas navegando no Tiktok. O que ela não esperava era que essa rotina a levaria a desvendar um mistério familiar envolvendo suas irmãs, gêmeas.
Em uma tarde comum, Elene se deparou com um vídeo viral de duas garotas idênticas, que chamaram sua atenção imediatamente. Intrigada, ela descobriu que aquelas garotas eram, na verdade, suas irmãs, univitelinas, irmãs, monocoriônicas, separadas no nascimento. O choque da revelação foi intenso, mas Elene sentiu uma conexão imediata com suas irmãs, gêmeas, e estava determinada a conhecê-las pessoalmente.
Irmãs, gêmeas; Descoberta de uma incrível coincidência
Em 2022, quando tinha 17 anos, navegando pela rede social, deparou-se com um vídeo que capturou sua atenção. O conteúdo pertencia a Anna Panchulidze, uma jovem da mesma idade, incrivelmente parecida com ela. As duas iniciaram uma conversa e logo se tornaram amigas, compartilhando histórias e risadas.
A semelhança entre as amigas era um tema frequente em suas conversas, mas para Elene e Anna, era apenas uma coincidência surpreendente. Tudo mudou quando completaram 18 anos e descobriram que eram adotadas. Ao celebrarem seus aniversários, suas famílias decidiram revelar a verdade sobre suas origens.
Sem qualquer combinação prévia, Elene e Anna receberam a notícia sobre sua adoção, separadamente, quase simultaneamente. Isso levantou suspeitas e as levou a realizar um teste de DNA. Para surpresa de todos, o resultado revelou que não apenas eram da mesma família, mas também eram irmãs gêmeas, univitelinas.
O caso das irmãs idênticas, nascidas na Geórgia, um país europeu, não é único. Na região, por anos, existiu um grande esquema de tráfico de bebês. Os recém-nascidos eram separados de suas mães logo após o nascimento, com certidões de óbito falsas sendo emitidas, e eram posteriormente entregues para adoção.
De acordo com as investigações da jornalista Tamuna Museridze, que se aprofundou no assunto, estima-se que cerca de 120 mil bebês tenham sido roubados e vendidos para outras famílias entre os anos de 1950 e 2006. Suspeita-se que os sequestros eram parte de uma ampla rede criminosa que envolvia maternidades, berçários e agências de adoção, causando um tráfego ilegal de bebês de proporções alarmantes.
Fonte: © TNH1