Extremos em Itaim Bibi e distrito Anhanguera espalham-se por toda a capital, considerando habitação-trabalho, zona-norte, renda-média e indicadores-temáticos, incluindo a rodovia Anhanguera.
Em uma análise abrangente sobre desigualdade, o Alto de Pinheiros emerge como o distrito que lidera o ranking do Mapa da Desigualdade, este composto por 45 indicadores temáticos em áreas fundamentais como saúde, educação, moradia, transporte, segurança e renda. Essa classificação destaca a profunda desigualdade que marca um distrito em relação aos demais. No extremo oposto, o Capão Redondo se encontra abaixo da média da cidade em 25 indicadores, refletindo um quadro desafiador de pobreza.
Por sua vez, o Anhanguera ganhou seu nome em homenagem à rodovia que lhe deu origem, localizada na zona norte da cidade. É um distrito que, apesar de suas características, busca promover a justiça econômica e social entre seus habitantes. Uma das principais preocupações do Anhanguera é superar a desigualdade existente em relação ao resto da cidade. Uma abordagem que visa reduzir a pobreza e aumentar a renda dos moradores, melhorando assim a qualidade de vida.
Desigualdade: um retrato de uma cidade em fuga
A expectativa de vida em São Paulo é de 68 anos, mas essa média é influenciada pela desigualdade que marca a cidade. A diferença de vida útil entre os moradores do Jardim Paulista e do Itaim Bibi, áreas nobres, e da zona norte, é de 24 anos. Isso é apenas um dos indicadores que revelam o impacto da desigualdade na vida dos paulistanos.
Desigualdade social em São Paulo
O Mapa da Desigualdade, produzido pela Rede Nossa São Paulo, foi lançado em 2023 e destaca a distância entre a zona norte e a capital. A expectativa de vida em áreas nobres é de 82 anos, enquanto em áreas como a Distrito Anhanguera, na zona norte, essa expectativa é de 58 anos. Esse é apenas um dos muitos indicadores que demonstram a desigualdade que marca a cidade.
Desigualdade e favela: uma questão de habitabilidade
A habitação é um dos principais indicadores de desigualdade. No Mapa da Desigualdade, é possível visualizar que 10 distritos de São Paulo não têm favelas, enquanto a Vila Andrade, na zona sul, tem a maior proporção de favelas por distrito, com 35,35% dos domicílios. A desigualdade de habitabilidade é um problema que afeta a vida dos paulistanos.
Desigualdade e emprego: um desafio para a renda
A renda é outro indicador de desigualdade. No Mapa da Desigualdade, é possível ver que a oferta de emprego formal é maior em áreas como Barra Funda e menor em distritos como Cidades Tiradentes. A remuneração média do emprego formal também varia, com o maior valor pago em São Domingos (R$ 8.515,29) e o menor valor pago em Artur Alvim (R$ 2.200,70). A desigualdade de emprego é um desafio para a renda dos paulistanos.
Desigualdade e educação: um desafio para a inclusão
A educação é outro indicador de desigualdade. No Mapa da Desigualdade, é possível ver que a evasão escolar é maior em distritos como Vila Andrade (3,1%) e menor em áreas como Belém (0,11%). A desigualdade de educação é um desafio para a inclusão social dos paulistanos.
O Mapa da Desigualdade é um instrumento importante para entender os indicadores temáticos que afetam a vida dos paulistanos. Ele destaca a importância de políticas públicas que visem à redução da desigualdade e à promoção da inclusão social. Além disso, o Mapa da Desigualdade pode ser usado como ferramenta de planejamento urbano para melhorar a qualidade de vida dos habitantes da cidade.
Fonte: @ Terra