O método utiliza sensor para medir de umidade e condições neurológicas da bexiga, identificando disfunção precoce por meio da ultrassonografia do reto.
Esse diagnóstico pode dificultar ainda mais quando a infância desaparece e a disfunção da bexiga continua presente, perdendo o conforto de ter uma fraldinha para lidar com esses problemas.
A disfunção da bexiga, caracterizada por disfunções urinárias, pode apresentar sintomas como a frequência ou a incontinência urinária. Nessa etapa da vida, a incontinência pode ser perigosa e repercutir negativamente na autoestima. Além disso, a disfunção da bexiga pode estar relacionada a disfunções urinárias que são consequência de doenças ou problemas de saúde, como a diabetes, a obesidade e a hipertensão. Portanto, é crucial um diagnóstico preciso e o acompanhamento de um profissional de saúde para tratar essas condições de forma adequada e evitar consequências negativas.
Alternativa ao exame tradicional
O Teste de 4 Horas é uma abordagem eficaz para diagnosticar disfunções urinárias, especialmente em crianças, oferecendo uma solução menos invasiva e desconfortável em comparação com métodos tradicionais. Esta abordagem já é amplamente utilizada na Europa e recomendada pela International Children’s Continence Society (ICCS), uma organização global que estabelece diretrizes para o tratamento de incontinência e disfunções urinárias em crianças. O exame funciona como um ‘diário miccional’ adaptado, em que a criança usa uma fralda equipada com um sensor de umidade que registra o volume e os horários cada vez que ela urina durante um período de quatro horas.
Além disso, a ultrassonografia é usada para avaliar o volume residual de urina na bexiga e medir o diâmetro retal, o que ajuda a identificar a constipação, uma condição frequentemente associada a disfunções urinárias. Esse teste é uma forma não invasiva de diagnosticar disfunções da bexiga, permitindo uma análise completa sem o desconforto de métodos tradicionais. É especialmente útil para crianças com condições neurológicas, como autismo e síndrome de down, que podem ter dificuldades em alcançar o controle urinário e demorar mais para abandonar as fraldas.
Métodos convencionais limitados
Métodos tradicionais como a cistografia e a urodinâmica são eficazes, mas muitas vezes limitados em suas abordagens. A cistografia, por exemplo, usa um contraste para verificar refluxo de urina entre a bexiga e os rins, mas não detecta outros tipos de disfunção e, em 30% dos casos, não é diagnosticado o próprio refluxo. Já a urodinâmica, apesar de detalhada, é mais invasiva e requer condições clínicas específicas.
O Teste de 4 Horas, uma ferramenta valiosa
O Teste de 4 Horas é uma ferramenta valiosa porque combina a simplicidade com uma análise abrangente. Ele não só observa os padrões de micção como também fornece dados ultrassonográficos sobre a bexiga e o reto. Essa análise é crucial, pois a constipação pode passar despercebida em exames mais convencionais, mas desempenha um papel importante na ocorrência de disfunções urinárias e infecções recorrentes.
Inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS)
A inclusão do Teste de 4 Horas no Sistema Único de Saúde (SUS) é uma das metas de Barroso Jr., que acredita que essa medida pode diminuir as desigualdades no acesso ao diagnóstico. O urologista defende que o teste ajudaria a prevenir complicações graves, como infecções urinárias recorrentes e danos renais. Além disso, o teste é uma forma não invasiva de diagnosticar disfunções urinárias, especialmente em crianças com condições neurológicas, como autismo e síndrome de down, que podem ter dificuldades em alcançar o controle urinário e demorar mais para abandonar as fraldas.
Fonte: @ Veja Abril