Profissionais de saúde brasileiros promovem conscientização sobre diagnóstico precoce, dieta e qualidade de vida para fortalecer o sistema imunológico.
Maio é o mês reservado para a conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) em diversas partes do globo, com o dia 19 marcando o Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais.
É fundamental entender a importância da conscientização sobre as DIIs, que englobam condições como a Doença de Crohn e a colite ulcerativa, que impactam a qualidade de vida de muitas pessoas. A informação e o apoio são essenciais para lidar com as Doenças Inflamatórias Intestinais e promover uma melhor qualidade de vida para os pacientes.
Conscientização sobre Doenças Inflamatórias Intestinais
Durante o mês dedicado à conscientização, marcado pela cor roxa, diversas iniciativas são promovidas por entidades médicas, incluindo a Sociedade de Conscientização de Doenças Intestinais, para destacar os sintomas dessas condições e educar a população sobre a importância do diagnóstico precoce. As DIIs, tais como a Doença de Crohn e a colite ulcerativa, são desencadeadas por uma disfunção do sistema imunológico, no qual as células de defesa atacam os órgãos, especialmente o intestino grosso e delgado.
Embora as causas das DIIs ainda não sejam completamente compreendidas, a desregulação do sistema imunológico, fatores genéticos, condições desfavoráveis da microbiota intestinal, qualidade da dieta, sedentarismo, tabagismo, estresse e infecções anteriores desempenham um papel significativo nesse processo. Estima-se que cerca de 5 milhões de pessoas em todo o mundo sejam afetadas por DIIs, com uma prevalência no Brasil podendo chegar a 100 casos para cada 100 mil habitantes, especialmente nas regiões urbanizadas como o Sudeste e Sul.
Essas doenças têm apresentado um aumento progressivo nos últimos anos, o que pode estar relacionado ao estilo de vida ocidentalizado, dieta e perfil genético dos indivíduos. Os sinais e sintomas das DIIs, como dor abdominal, diarreia crônica com presença de sangue, perda de peso e fadiga, são comuns tanto na Doença de Crohn quanto na colite ulcerativa, porém cada paciente pode manifestar sintomas únicos.
Entre 15 a 30% dos pacientes podem desenvolver sintomas extraintestinais, afetando órgãos como olhos, pele, articulações, ossos, rins, fígado e pulmões. Complicações graves, como fístulas anais ou intestinais, obstrução ou perfuração intestinal, podem surgir se as DIIs não forem tratadas adequadamente. O diagnóstico precoce desempenha um papel crucial na prevenção de complicações e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
O diagnóstico das DIIs envolve uma avaliação clínica detalhada, exames endoscópicos, biópsias, exames laboratoriais e radiológicos. Embora não haja cura definitiva, o tratamento visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas e promover a remissão da doença, possibilitando uma melhor qualidade de vida. Uma abordagem multidisciplinar, incluindo o uso de medicamentos, acompanhamento regular, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas, são essenciais no manejo das DIIs.
A dieta desempenha um papel fundamental no tratamento, sendo recomendado evitar alimentos ricos em açúcar, enlatados e embutidos. Parar de fumar e praticar atividade física regularmente também são medidas importantes para pacientes com DIIs. É fundamental que os pacientes sigam as orientações médicas e adotem um estilo de vida saudável para minimizar as complicações associadas a essas condições inflamatórias intestinais.
Fonte: @ Veja Abril