A Cloudflare negou ter dado apoio às autoridades brasileiras para bloquear o X, mas a Anatel afirma ter recebido apoio da empresa para garantir o bloqueio da plataforma de internet.
O CEO da empresa de servidores Cloudflare, Matthew Prince, declarou que a companhia não teve participação no bloqueio imposto ao X no Brasil, nem ajudou a plataforma a burlar as restrições impostas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Prince também negou que a Cloudflare tenha colaborado com a Anatel para derrubar a plataforma novamente, após o restabelecimento do acesso ao X no país. A Cloudflare é uma empresa que respeita as leis e regulamentações locais, e não tem interesse em interferir no funcionamento de plataformas de comunicação. A prioridade da empresa é garantir a segurança e a estabilidade dos serviços que oferece.
O Bloqueio do X: Desafios e Soluções
A Anatel anunciou recentemente que recebeu apoio ativo das prestadoras de telecomunicações e da empresa Cloudflare para identificar mecanismos que assegurassem o restabelecimento do bloqueio do X, plataforma de mídia social do bilionário Elon Musk. No entanto, o presidente-executivo da Cloudflare, Prince, afirmou que a empresa não trabalhou especificamente com as autoridades brasileiras para bloquear ou tornar o X disponível no Brasil.
Segundo Prince, a Cloudflare fechou um acordo para que o X passasse a usar seu serviço, o que resultou na mudança do endereço de IP (protocolo de internet) utilizado para acessar a rede social. Embora o Brasil tenha conseguido bloquear o novo endereço de IP do X após a mudança de servidor, Prince enfatizou que a Cloudflare não fez nada para facilitar o bloqueio. Além disso, o executivo afirmou que o X não solicitou que a Cloudflare tentasse burlar o bloqueio da plataforma no país.
O Papel da Cloudflare no Bloqueio do X
A Cloudflare não fez nada para dificultar o bloqueio do X no Brasil, nem recebeu pedido do X para tentar eliminar a capacidade do Brasil de bloquear o conteúdo dentro do país. A empresa também não fez nada para facilitar ainda mais a capacidade do Brasil de bloquear o que estava sendo feito. A infraestrutura da Cloudflare foi utilizada pela plataforma para atender a usuários que tentavam acessar o site e aplicativo no Brasil, mas o servidor que funcionou como ‘escudo’ para o X deixou de ser utilizado após uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O bloqueio do X no Brasil é um desafio complexo que envolve a cooperação entre as autoridades, as prestadoras de telecomunicações e as empresas de tecnologia. A Cloudflare está comprometida em fornecer apoio ativo para garantir o restabelecimento do bloqueio, mas é importante lembrar que a empresa não tem controle sobre as ações do X ou das autoridades brasileiras. O futuro do X no Brasil ainda é incerto, e a decisão final sobre o bloqueio ou o restabelecimento da plataforma depende da ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Fonte: © G1 – Tecnologia