Erika Angelo, 52, investiu em franquia de jogos de tabuleiro africanos, produtos artesanais e micro expositores em feiras.
Após ficar desempregada durante a pandemia, uma enfermeira encontrou uma nova fonte de renda inesperada: a venda de jogos africanos. Essa mudança inovadora permitiu que ela se reinventasse e encontrasse um novo propósito.
Como profissional de saúde, a enfermeira sempre esteve comprometida em cuidar dos outros. No entanto, ao se tornar uma cuidadora de sua própria carreira, ela descobriu que a venda de jogos africanos poderia ser uma forma de empoderamento e autonomia. Além disso, como assistente de saúde, ela entendeu a importância de promover a diversidade cultural e fomentar a criatividade. A Feira do Empreendedor do Sebrae, que acontece entre os dias 11 e 14 de outubro na São Paulo Expo, é um exemplo de como a enfermeira pode se conectar com outros empreendedores e compartilhar suas experiências.
Uma Enfermeira Empreendedora
Além do grande público, o evento também conta com a presença de micro e pequenos expositores, que estão apresentando seus produtos e esperam conquistar vendas e visibilidade. Entre eles, está Erika Angelo, uma enfermeira de 52 anos que encontrou renda na produção e venda de jogos africanos. Antes de entrar de cabeça na iniciativa, ela já vendia produtos artesanais no hospital onde trabalhava, em São Paulo. No entanto, com a demissão durante a pandemia, ela precisou encontrar uma forma de ganhar dinheiro e resolveu empreender.
Como uma profissional de saúde, cuidadora e assistente de saúde, Erika sempre teve uma habilidade para criar coisas. Ela conta que antes de se formalizar como MEI, já vendia bolsas e necéssaires no hospital. Em 2020, ela procurou o Sebrae para saber como funcionava e se formalizou em outubro daquele ano, vendendo máscaras e tentando fazer mais alguma coisa.
Enquanto procurava uma segunda opção para as vendas, Erika se inspirou na filha e encontrou um novo mundo. Sua filha gosta muito de jogos de tabuleiro e Erika começou a pesquisar e encontrou jogos africanos que são originários do continente africano, onde eram utilizados para estratégia de caça, pesca e plantio, passados de pai para filho. Os jogos em questão têm nomes variados, como ‘Mancala Awelé’, ‘Yoté’, ‘Dara’, ‘Seega’, ‘Queah’ e ‘Fanorona’.
Um Novo Negócio
Depois de conhecer a ideia, Erika a apresentou para sua consultora e, em 2021, elas começaram a trabalhar na criação dos jogos. Em 2022, Erika participou da Feira do Empreendedor com nove jogos de três modelos e vendeu seis. Ela conta que na época não tinha dinheiro e precisou pegar emprestado R$ 100 para participar da exposição. No entanto, a resposta foi positiva e as pessoas mostraram curiosidade pelos jogos.
Assim, nasceu a ‘Dayo Jogos Africanos’. Na exposição deste ano, Erika veio com 100 jogos de diferentes modelos para vender e os preços variam de R$ 75 a R$ 110. Enquanto dava a entrevista, constantemente era parada por visitantes interessados na brincadeira. Feitos de peças de madeira, Erika detalha que a produção custa em torno de R$ 50. É ela quem idealiza os desenhos e faz as pinturas. Como uma enfermeira empreendedora, Erika quer que seus jogos sejam acessíveis, mas também quer que sejam de alta qualidade.
Fonte: @ Terra