Redes de atenção saúde integral para população negra reúnem mais de 300 pessoas em evento até terça-feira.
Para transformar o SUS em um sistema equitativo e justo, é preciso trabalhar com equidade, e não apenas com igualdade, para que todos os brasileiros possam ter acesso aos cuidados de saúde de qualidade.
Entre as desafios enfrentados pela saúde pública brasileira, está a luta contra o racismo e a desigualdade racial, que afetam diretamente a saúde das pessoas, sobretudo em comunidades negras e indígenas. Portanto, é fundamental que se priorize a equidade étnico-racial na saúde, garantindo que os serviços de saúde sejam acessíveis e eficazes para todos os grupos raciais e étnicos.
Equidade em foco: Abordagem integral para promoção da saúde e combate ao racismo
O seminário é resultado da parceria inovadora entre o Ministério da Saúde, Conselhos Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Nacional de Saúde (CNS), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Ministério da Igualdade Racial (MIR), visando fortalecer a equidade étnico-racial nas Redes de Atenção à Saúde, especialmente a Rede Alyne. Isso se dá no contexto do fortalecimento das Políticas Nacionais de Saúde Integral da população Negra (PNSIPN) e de Atenção à Saúde dos Povos indígenas (PNASPI), e da estruturação de instâncias e corpo técnico para enfrentar o racismo.
O assessor especial para Equidade em Saúde, Luís Eduardo Batista, destacou na abertura que construir planos de ações estaduais é um dos resultados esperados das discussões. ‘Somos dois ministérios, seis Câmaras Técnicas do Conass, a Opas, todos para pensar como enfrentar o racismo nas RAS’, enfatizou. Luís Eduardo lançou a publicação Saúde sem Racismo, Relatório de Atividades 2023/2024, da implementação da Política Nacional de Saúde da População Negra (PNSIPN).
Em um momento emocionante, a parteira tradicional, benzedeira e liderança comunitária do Quilombo Serra da Guia, em Sergipe, Zefa da Guia, que conta ter realizado cerca de 5 mil partos, foi homenageada com a exibição de um vídeo sobre sua história.
Compuseram a mesa de abertura a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio; o secretário executivo do Conass, Jurandir Frutuoso; a integrante da mesa diretora do Conselho Nacional de Saúde, Eliana Ementério; a secretária-executiva adjunta do Ministério da Igualdade Racial, Ana Míria Carinhanha; o chefe de gabinete do Ministério da Saúde, José Guerra; a representante adjunta da Opas, Elisa Pietro; o secretário substituto de Informação e Saúde Digital (Seidigi), Paulo Sellera; o secretário substituto de Saúde Indígena (Sesai), Nelson Soares Filho; e o secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps), Felipe Proenço.
O secretário substituto da Sesai, Nelson Soares Filho, reconheceu que o combate ao racismo envolve diversas formas de violência e buscou novas soluções para o enfrentamento da questão étnico-racial na saúde indígena e no SUS. Já a secretária-executiva adjunta do Ministério da Igualdade Racial, agradeceu a disponibilidade de cada participante para trabalhar durante os dois dias do evento, visando melhorar as condições de vida e morte na população brasileira.
Fonte: @ Ministério da Saúde