Uso de inteligência artificial e medicamento que reduz recaídas são novidades no tratamento de doenças neurológicas, como lesões cerebrais que afetam o sistema imunológico e a bainha de mielina.
A esclerose múltipla é uma doença que afeta milhares de pessoas no mundo todo, e apesar de não ter cura, tem sido objeto de estudos intensivos para entender melhor suas causas e desenvolver tratamentos mais eficazes. Com o avanço das tecnologias e medicamentos inovadores, é possível acelerar o diagnóstico e melhorar o controle dos sintomas, que podem incluir fadiga, problemas de coordenação motora, alterações na fala e dificuldade para deglutir.
A esclerose múltipla é uma doença de autoimunidade que afeta o sistema nervoso central, causando danos irreversíveis às células nervosas. Além disso, é considerada uma doença degenerativa e inflamatória, pois o sistema imunológico ataca as células saudáveis do corpo, levando a uma degeneração progressiva das células nervosas. O tratamento precoce é fundamental para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Com o uso de medicamentos inovadores e terapias personalizadas, é possível controlar os sintomas e melhorar a funcionalidade motora e cognitiva dos pacientes com esclerose múltipla.
Avanços na Esclerose Múltipla: Inteligência Artificial e Fármacos Inovadores
A Esclerose Múltipla, uma doença de autoimunidade, degenerativa e inflamatória, afeta cerca de 40 mil pessoas no Brasil e entre 2 milhões e 2,5 milhões em todo o mundo. A doença neurológica atinge a bainha de mielina, estrutura que reveste os neurônios, causando danos às células nervosas. No entanto, avanços recentes na tecnologia e no tratamento estão trazendo esperança para os pacientes.
A inteligência artificial (IA) está sendo utilizada para monitorar as regiões do cérebro atingidas pela doença, permitindo que os médicos norteiem o tratamento de forma mais eficaz. No Hospital Israelita Albert Einstein, uma ferramenta de IA desenvolvida pela startup argentina EntelAI está em uso há mais de um ano e meio e já beneficiou 1.200 pacientes. Essa tecnologia permite quantificar as lesões cerebrais e comparar os dados com outros pacientes, conforme sexo e idade.
Monitoramento e Tratamento Personalizado
O monitoramento da progressão da doença é fundamental para o tratamento eficaz da Esclerose Múltipla. A IA é uma aliada importante nesse processo, permitindo que os pacientes tenham um conhecimento mais preciso sobre a doença e sua evolução. Além disso, o tratamento personalizado é cada vez mais comum, com mais de dez medicamentos disponíveis para controlar a doença. Os fármacos orais, injetáveis e endovenosos são opções para os pacientes, e a escolha do tratamento é feita com base nas necessidades individuais de cada pessoa.
Um exemplo de fármaco inovador é o ofatumumabe, que demonstrou capacidade de reduzir em 44% as recaídas agudas e de 96,4% de lesões no cérebro e na medula espinhal em pacientes com até três anos de diagnóstico. Esse medicamento, comercializado como Kesimpta, foi incluído no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 2022.
A Esclerose Múltipla é uma doença complexa e multifacetada, mas os avanços na tecnologia e no tratamento estão trazendo esperança para os pacientes. Com a ajuda da IA e de fármacos inovadores, é possível controlar a doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Fonte: @ Veja Abril