Patrimônio de investimentos locais representa apenas 1% do mercado nacional de fundos.
O mercado de ETFs brasileiro completa 20 anos, mas a realidade é que muito mais do que isso foi vivenciado nos últimos 20 anos. O crescimento da classe ETFs nas últimas duas décadas pegou tração no lançamento de produtos, como os ETFs de renda fixa há sete anos.
O lançamento de novos ETFs trouxe para o mercado uma alternativa alocativa sólida para o investidor brasileiro, que agora tem mais opções de investimento, como fundos, o que foi bem acolhido pelo mercado. Além disso, a ‘descoberta’ da renda variável para além de ações pelo investidor local trouxe ainda mais diversidade para o mercado de ETFs brasileiro.
ETFs: O desafio de aumentar sua relevância no mercado de investimentos
A classe de ETFs (Exchange-Traded Funds) tem enfrentado desafios para aumentar sua participação no mercado de investimentos no Brasil. Embora os ETFs sejam uma opção popular em outros países, no Brasil, eles ainda representam apenas cerca de 1% da indústria de fundos. Os gestores de ETFs acreditam que o mercado ainda não está maduro para absorver essa classe de investimentos, mas que há um potencial de crescimento.
Patrimônio líquido de R$ 43,8 bilhões em setembro de 2024
De acordo com os dados da Anbima, em setembro de 2024, o patrimônio líquido dos ETFs era de R$ 43,8 bilhões, o que representa cerca de 1,05% da indústria de fundos. Isso é um aumento de R$ 0,8 bilhão em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora o crescimento seja lento, os gestores de ETFs acreditam que há um potencial de crescimento para a classe.
O desafio de aumentar a participação nos investimentos
Para Renato Eid, sócio e líder de estratégias beta e investimento responsável no Itaú Asset Management, o desafio de aumentar a participação dos ETFs nos investimentos é complexo e não há uma resposta única. Ele acredita que a cultura de investimentos local ainda é um obstáculo para o crescimento da classe. ‘Talvez, quando lançamos o primeiro ETF listado no Brasil, o mercado não estivesse maduro para absorver o produto naquele momento. Podemos ver nesses anos que o mercado brasileiro demora a evoluir nesse sentido, mas agora estamos vendo esse potencial de crescimento da classe se concretizando’, analisa Eid.
Novos produtos e desafios
O BNDES está estudando a possibilidade de criar novos produtos, incluindo um ETF de crédito da Amazônia. Embora existam desafios, o banco público acredita que o mercado está em um ponto atualmente que permite estudar a possibilidade de criar novos produtos. ‘Estamos discutindo outros possíveis produtos, existe uma ideia para um ETF de crédito da Amazônia. É uma agenda importante dentro do BNDES, só que é importante, eventualmente, discutirmos e aprimorarmos os índices’, pondera Sergio Guimarães, assessor sênior na área de mercado de capitais no BNDES.
ETFs: O futuro de investimentos
Os ETFs estão se tornando uma opção popular para os investidores, pois oferecem diversificação, liquidez e baixos custos. Embora o mercado brasileiro ainda esteja em desenvolvimento, os gestores de ETFs acreditam que há um potencial de crescimento para a classe. Com a criação de novos produtos e a melhoria dos índices, os ETFs podem se tornar uma opção mais atraente para os investidores no Brasil.
Fonte: @ Valor Invest Globo