Brazão é preso em penitenciária federal em Campo Grande e é acusado de mandar matar a vereadora.
O suposto mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o deputado Chiquinho Brazão, prestou seu depoimento no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). Esta audiência ocorreu em 21 de março, como parte de uma ação penal relacionada ao crime ocorrido em 2018, no estado do Rio de Janeiro. Chiquinho Brazão, que se encontra preso na penitenciária federal de Campo Grande, é acusado de ter sido um dos mandantes do assassinato, de acordo com a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa.
O ex-policial Ronnie Lessa, que se declarou réu confesso por meio de disparos de arma de fogo contra a vereadora, é primo distante de Chiquinho Brazão. No entanto, durante o depoimento ao juiz Airton Vieira, Chiquinho Brazão expressou que nunca teve contato pessoal com Lessa, o que o levou a questionar como poderia ter conhecimento dele. ‘Não tenho dúvida de que ele poderia me conhecer, mas eu não tenho lembrança de ter estado com essa pessoa’, afirmou. Sobre sua relação com Marielle Franco, ele declarou que tinha uma ‘excelente’ relação com a vereadora. O STF está prosseguindo com as investigações sobre o homicídio da vereadora, com o objetivo de identificar os mandantes e trazer a justiça para as vítimas e suas famílias.
A Ação Sem Precedentes no STF
Em um caso que tem vindo a chocar a sociedade, membros de uma facção criminosa são julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por um crime hediondo: o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O assassinato de Marielle, em 2018, abalou profundamente a comunidade e levou a uma série de investigações, cujos resultados são objeto de julgamento no STF. O envolvimento de figuras públicas, incluindo o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, e o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, eleva o alcance do julgamento e seu potencial para reverter a onda de violência no Brasil.
Revelações por Meio de Depoimento
Durante o julgamento, a delação premiada de Chiquinho, um dos réus, jogou luz sobre a complexa rede de poder e corrupção que envolveu o assassinato de Marielle. O depoimento revelou que a facção criminosa havia pago uma quantia significativa de dinheiro por esse ato hediondo e que a ordem para o assassinato vinha de cima. O depoimento também trouxe à tona uma relação entre membros da facção e figuras de influência política e social do Rio de Janeiro, colocando em questão a falta de controle e a impunidade vivenciadas na cidade.
A Série de Julgamentos no STF
O caso de Marielle Franco se soma a outros envolvendo a facção criminosa, que estão sendo julgados no STF. Os réus respondem pelos crimes de homicídio, organização criminosa e, em alguns casos, corrupção. Chiquinho, um dos principais réus, também está sendo julgado pelo crime de assassinato, um fato que choca não apenas devido à gravidade do crime em si, mas também pelo envolvimento de figuras de destaque na sociedade carioca. Apenas o envolvimento de Chiquinho levanta questões sobre a falta de ética e moral em alguns setores da sociedade, uma vez que o assassinato de Marielle não foi o primeiro ou único crime cometido por essa facção criminosa, mas sim um ato mais visível e impactante da onda de violência que atinge a cidade.
Fonte: © Notícias ao Minuto