Médica esclarece sobre alimento dominante que pode causar problemas digestivos e comprometer a função renal devido ao alto valor de proteína e baixo índice glicêmico.
Ovo, um dos principais alimentos para o consumo de proteína, tem sido objeto de discussão na sociedade, principalmente entre aqueles que buscam uma forma mais eficaz de ganhar massa muscular e perder peso.
Ao contrário do que muitos pensam, o consumo de ovos não é ruim em si, mas sim quando ele se torna consumo excessivo e consumo abusivo. Para os praticantes de atividade física, o ovo é uma excelente fonte de proteína de alta qualidade e pode ser uma opção muito eficaz para consumir após o treino, mas é fundamental não exagerar na quantidade, pois isso pode levar a consumir excessivamente e ter consequências negativas para a saúde. Portanto, é essencial encontrar um equilíbrio para o consumo de ovos e garantir que sejam consumidos de forma saudável e moderada.
Consumo de ovos: um equilíbrio necessário
O consumo de ovos é um tópico fascinante, especialmente quando se considera a rica variedade de nutrientes que eles oferecem. A clara, por exemplo, é uma rica fonte de proteína de alto valor biológico, contendo cerca de 6 gramas em cada unidade, além de todos os aminoácidos essenciais. A gema também não fica atrás, sendo rica em nutrientes importantes como vitaminas, minerais e antioxidantes.
É importante notar que o consumo de ovos pode ser uma ótima opção para dietas de perda de peso, pois tem apenas 70 calorias, um baixo índice glicêmico que contribui para regular o açúcar no sangue e reduzir o consumo e aumentar o gasto de calorias. Além disso, a proteína presente nos ovos estimula o metabolismo para a digestão, conferindo uma sensação prolongada de saciedade.
No entanto, é fundamental lembrar que, como tudo na vida, o consumo de ovos deve ser feito com moderação. O consumo abusivo de ovos pode resultar em excesso de calorias, sobrecarga de colesterol dietético em pessoas suscetíveis, aumentando os níveis de colesterol LDL e potencialmente impactando negativamente os rins em indivíduos com função renal comprometida.
Um adulto saudável pode consumir em torno de 1 a 3 ovos por dia, dependendo do restante da dieta e independentemente da prática de exercícios. Qualquer valor acima disso deve ser discutido e acompanhado por um profissional especializado.
Além disso, é crucial evitar priorizar o consumo de ovos em detrimento de outros alimentos. A ingestão excessiva de ovos pode levar a problemas como cansaço ou fraqueza, sugerindo falta de carboidratos ou outros nutrientes essenciais; problemas digestivos, como constipação e diarreia, devido à monotonia alimentar ou dificuldade em digerir proteínas; mau hálito; e colesterol elevado.
O ideal é que o ovo seja parte de uma dieta equilibrada e variada. Alguns exemplos de como incluir ovos em sua dieta incluem:
– Café da manhã com ovos cozidos, pão integral e frutas;
– Almoço com saladas e proteínas magras acompanhadas de ovos;
– Jantar com ovos mexidos em torras integrais;
– Lanche com patê ou ovos mexidos com pouco óleo;
Importante notar que a forma de preparo também é fundamental. O ovo cozido não requer óleo, então não agrega calorias e preserva nutrientes. O ovo mexido também é mais saudável se feito com pouco ou nenhum óleo. O ovo frito, por sua vez, tem calorias e gorduras a mais dependendo do óleo utilizado, sendo que a melhor escolha é o azeite de oliva em pequenas quantidades.
Alguns grupos devem redobrar o cuidado com o consumo de ovos, como indivíduos com hipercolesterolemia familiar e problemas cardíacos graves, além de portadores de doenças renais avançadas. Gestantes e lactantes também devem tomar cuidado, especialmente com a ingestão de ovos crus ou malcozidos devido ao risco de contaminação pela bactéria Salmonella. E, claro, pessoas com alergia a ovos devem evitá-los completamente.
O mais importante é ter em mente que nenhum alimento, sozinho, pode garantir uma boa saúde. O equilíbrio e a variedade na dieta são fundamentais para manter o corpo saudável.
Fonte: @ Veja Abril