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Destaques: grupos de celulares, informática e áudio e vídeo, mês consecutivo, menor, baixa, base de comparação, monitora 47 categorias, dois milhões de.
O Índice de Preços Fipe/Buscapé registrou uma queda pelo quinto mês seguido, com uma redução de 0,81% em maio. Ao longo do último ano, o Índice apresentou uma diminuição de 6,2%, sendo este o menor declínio nessa base de comparação em um ano. Esse indicador acompanha 47 categorias de eletroeletrônicos e mais de dois milhões de preços de forma contínua há 29 meses.
Em relação aos valores praticados no mercado, a tendência de queda nos custos parece se manter, refletindo diretamente nas tarifas dos produtos monitorados. Essa variação nos preços tem impacto direto no poder de compra dos consumidores, influenciando suas decisões de compra e investimento.
Preços em queda: uma tendência global
O pesquisador da Fipe Sergio Crispim destaca que a redução nos preços dos eletrônicos é um fenômeno observado em escala mundial, impulsionado por mudanças estruturais na indústria do setor. Segundo Crispim, fatores como a ‘comoditização dos produtos, produção em larga escala voltada para o mercado global, alto nível de inovação e encurtamento do ciclo de vida dos produtos, aliados à intensa concorrência e facilidade de comparação das ofertas’ contribuem para essa tendência. A queda mais expressiva foi registrada nos segmentos de celulares (-13,7%), informática (-10,6%) e áudio e vídeo (-6,6%).
Impacto dos lançamentos nos valores dos produtos
Francisco Donato, superintendente-executivo da Mosaico no Banco PAN, ressalta que as constantes inovações e atualizações nos dispositivos eletrônicos, especialmente em categorias como smartphones, tablets e computadores, são responsáveis pela contínua deflação nos preços desses produtos. Donato destaca que os lançamentos sucessivos também influenciam na redução dos preços dos produtos de maior prestígio, mantendo uma tendência de baixa nos valores.
Variação nos preços: setor de eletrodomésticos em destaque
Enquanto os eletrônicos registram quedas nos preços, o segmento de eletrodomésticos apresentou um aumento de 4,1% no mesmo período. Esse avanço é atribuído, em parte, às menores reduções nos preços da linha branca de produtos, como refrigeradores, freezers e lavadoras de roupa, e ao aumento de 17% nos preços dos aparelhos de ar-condicionado, também pertencentes à linha branca.
Desafios no equilíbrio entre demanda e oferta
Sergio Crispim destaca que o aumento nos preços dos aparelhos de ar-condicionado foi resultado de um descompasso entre a alta demanda, impulsionada pelas ondas de calor, e a oferta, que foi negativamente impactada por questões logísticas em Manaus. Essa situação evidencia a complexidade na manutenção dos preços em um mercado dinâmico e competitivo, onde a variação dos custos e a demanda dos consumidores influenciam diretamente nas tarifas praticadas.
Fonte: @ Mercado e Consumo