CEF não indenizará cliente por investimento em bitcoins, transações com criptomoeda e depósitos em rede social.
PIX é uma inovação que trouxe mais praticidade e rapidez para as transações financeiras do dia a dia. Recentemente, a Caixa Econômica Federal (CEF) se viu envolvida em uma polêmica envolvendo um cliente que fez depósitos por PIX em outra conta, acreditando em um investimento duvidoso em bitcoins.
O sistema de pagamentos instantâneos revolucionou a forma como realizamos transferências bancárias, tornando todo o processo mais eficiente. Nesse caso específico, a cliente acreditava que poderia obter lucros exorbitantes através do investimento em bitcoins, sem perceber que estava sendo vítima de um golpe. É fundamental manter a atenção e a segurança ao realizar transações por PIX, evitando cair em possíveis fraudes.
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PIX: O sistema de pagamentos que revoluciona as transferências instantâneas
A 2ª Vara da Justiça Federal em Joinville entendeu que a CEF apenas executou uma ordem de pagamento regular, refutando o argumento de que o banco não teria feito as ‘verificações de segurança’.
‘Havendo ordem de pagamento para chave PIX existente (que, diga-se, foi registrada/aceita no BACEN, a pedido da instituição participante ao qual o usuário recebedor estava vinculado), a Caixa agiu estritamente dentro da sistemática do PIX, acatando ordem de pagamento da autora’, afirmou o juiz Claudio Marcelo Schiessl, em sentença proferida na segunda-feira (11/3).
Investimento em bitcoins e transações com criptomoeda: uma história de redes sociais e depósitos
‘Estas eram as ‘as devidas verificações de segurança’ que competiam à Caixa’, concluiu.A cliente alegou que, em agosto de 2023, viu uma postagem de uma amiga em rede social, com uma promessa de lucro de R$ 10 mil para uma aplicação de R$ 1 mil em bitcoins. Ela fez quatro depósitos, com valor total de R$ 3,4 mil.
Quando soube que a conta da amiga teria sido hackeada, tentou reaver o dinheiro com a CEF e outra instituição intermediária, mas não conseguiu a devolução.Segundo o juiz, a vítima ‘tratou com um endereço de WhatsApp, foi instruída a baixar aplicativo e passou a tratar de depósitos e como receber dinheiro a que teria direito.
A importância do sistema de pagamentos PIX nas transações financeiras modernas
Chegou até a receber uma mensagem em espanhol – mas não desconfiou de nada.
Continuou sendo instigada a depositar novos valores para poder retirar o depósito inicial e lucros, continuando a tratar até pelo menos [três dias], quando viu frustradas suas expectativa’.’O que me parece incontestável é que a autora, acreditando em postagem de rede social, vislumbrou a possibilidade de lucros irreais por meio de transações com criptomoeda/moedas virtuais/bitcoin, transferindo dinheiro [para terceiro], observou ou Schiessl.
Segurança e eficiência no sistema de pagamentos PIX
‘Permaneceu em contato por WhatsApp com tal pessoa/instituição, por no mínimo três dias, fez os quatro depósitos, e ao final, com seus lucros irreais para qualquer investimento frustrados por este terceiro (e não pela CEF), busca responsabilizar a instituição bancária’, afirmou.Eventual responsabilização da outra intermediária ‘não compete a este juízo, são relações que a autora deve buscar ver resolvidas na Justiça Estadual’, lembrou o juiz.
Cabe recurso às Turmas Recursais de Santa Catarina, em Florianópolis.Fonte: @trf4_oficial
Fonte: © Direto News