Lula e Nísia anunciam plano de ação para 2025 no Palácio do Planalto, com recursos previstos para questão climática, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento constante em saneamento.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, na última quarta-feira (18), um plano de ação estratégico para combater a dengue e outras arboviroses no Brasil, especialmente durante o período de chuvas e calor. Esse plano visa fortalecer as ações de prevenção e controle da dengue, que é uma das principais doenças transmitidas por mosquitos no país.
Com um orçamento de aproximadamente R$ 1,5 bilhão, o Ministério da Saúde está preparado para enfrentar a possível epidemia de arboviroses, incluindo a dengue, chikungunya, zika e oropouche. Além disso, o plano de ação também visa reduzir a incidência de doenças transmitidas por mosquitos, melhorando a qualidade de vida da população brasileira. A prevenção é a chave para evitar a propagação dessas doenças.
Prevenção Contra a Dengue: Um Desafio Nacional
Todo verão, o Brasil enfrenta o crescimento da dengue e de outras arboviroses, doenças transmitidas por mosquitos. Com a questão climática se agravando e o planeta se aquecendo, o governo decidiu antecipar o lançamento da campanha de prevenção para ter tempo de preparar a sociedade brasileira. ‘Os mosquitos estão na casa de cada um de nós’, disse o presidente durante evento no Palácio do Planalto.
Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, estudos indicam que não haverá uma antecipação do pico de casos em 2025, como ocorreu em 2024. No entanto, é fundamental que cada cidadão cumpra sua função e não permita que os mosquitos se proliferem em seu quintal. ‘E não é só na casa das pessoas pobres, eles estão na casa de pessoas que têm o poder aquisitivo melhor, que têm piscina abandonada, que têm vaso com água parada’, disse o presidente.
Plano de Ação Contra a Dengue
O Ministério da Saúde está se preparando para enfrentar a epidemia de dengue com um plano de ação que envolve recursos para vacinas, portarias emergenciais, testes rápidos, métodos de tecnologia e pesquisa e desenvolvimento. ‘É hora de colocarmos, de uma maneira muito clara, que é uma responsabilidade de governos e de sociedade’, disse a ministra Nísia Trindade. Ela lembrou que 75% dos focos do mosquito estão nas residências, mas que a dengue também está relacionada a condições de saneamento, envolvendo limpeza urbana e condições de moradia.
A ministra Nísia ressaltou que o plano está baseado nas evidências científicas mais atualizadas, novas tecnologias e é implementado em estreita parceria com estados e municípios e colaboração de instituições públicas e privadas, bem como de organizações sociais. ‘Dificilmente teremos um verão com o menor número de casos na história, mas devemos ter isso como meta’, avaliou Nísia. ‘É possível reduzir muito sim, e os cenários mudam de acordo com a questão climática, a questão da circulação dos sorotipos [do vírus], mas também com a ação organizada da sociedade e é isso que nós estamos propondo aqui’.
Fonte: @ Agencia Brasil