Marca de 136: Índice acionário brasileiro sobe com ajuda de Vale e setor financeiro, apesar do clima cauteloso no exterior.
O Ibovespa atingiu um novo recorde de fechamento, superando, pela primeira vez, a marca de 136 mil pontos. Na sessão anterior, o índice da bolsa havia alcançado esse nível, porém não conseguiu sustentar até o encerramento do pregão. Os investimentos locais estão sendo impulsionados pela expectativa de redução das taxas de juros americanas no próximo mês.
O mercado financeiro brasileiro está atento ao desempenho do Ibovespa, que é o principal índice de referência da bolsa de valores do país. A movimentação do mercado acionário reflete as perspectivas econômicas e políticas, influenciando diretamente a tomada de decisões dos investidores. O cenário atual destaca a importância de acompanhar de perto as oscilações do índice e as notícias que impactam o mercado acionário.
Ibovespa: Desempenho da Carteira Teórica e Expectativas do Mercado
A marca de 136.087 pontos foi atingida pelo Ibovespa, registrando um avanço de 0,23% e encerrando o dia com ganhos. No mês, o índice de referência da bolsa de valores já acumula uma alta de 6,61%, enquanto no ano os ganhos chegam a 1,42%. O giro financeiro foi de R$ 15,2 bilhões, abaixo da média diária dos últimos 12 meses, que era de R$ 16,6 bilhões. Apesar da nova máxima alcançada, a cautela limitou os ganhos do Ibovespa, marcando uma desaceleração em relação ao dia anterior, quando subiu mais de 1%.
Mercado Acionário: Cenário Internacional e Expectativas de Corte de Juros
No exterior, o clima de apreensão se refletiu na queda das bolsas em Nova York. Os investidores aguardam a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), em busca de pistas sobre um possível corte de juros em setembro. A semana também é de expectativa pelos comentários de Jerome Powell, presidente do Fed, no seminário de Jackson Hole. A diretora do BC americano, Michelle Bowman, adotou um discurso conservador, destacando preocupações com a inflação e os salários.
Expectativas para a Taxa de Juros e Câmbio no Brasil
No Brasil, as falas mais brandas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enfraqueceram a tese de alta da Selic neste ano. Isso refletiu na curva de juros, com a ponta curta em queda e a longa com aumento no prêmio de risco. As taxas de DI para janeiro de 2025 e 2034 tiveram movimentações significativas. O cenário também impactou o câmbio, que registrou uma valorização do dólar, negociado a R$ 5,49, em meio ao clima de aversão ao risco no mercado internacional.
Fonte: @ Valor Invest Globo