Analistas destacam perspectivas positivas para recuperação de preços da celulose no mercado internacional e preços da companhia da Suzano
Os papéis da Suzano operam em forte alta no pregão de hoje, sendo uma das poucas ações da bolsa a registrar crescimento significativo, enquanto o Ibovespa lidera o movimento negativo. Com o objetivo de analisar os principais fatores de influência, é importante observar como o mercado está reagindo às informações de mercado.
A ação da Suzano, negociada a R$ 57,56, registrou valorização de 2,3% por volta das 12h30, o que é significativo em um mercado de negócios imprevisível, onde a Ibovespa está em campo negativo. Alguns investidores estão começando a se perguntar se algum fato negativo não identificado está acontecendo por trás das manobras.
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A atual situação dos preços da celulose e os custos marginais não identificados estimulam um ponto de entrada atraente para os investidores nas ações da Suzano, considerando as perspectivas de recuperação, avalia o Santander, em relatório recém-publicado. Os analistas Yuri Pereira e Arthur Biscuola destacam que a diferença atualmente presente nos preços é de US$ 19 por tonelada, sendo que só caiu abaixo de US$ 20 por tonelada seis vezes nos últimos 30 anos, criando um horizonte de recuperação viável para os preços.
O banco acredita que as ações da Suzano se afastaram de fundamentos recentes, em decorrência dos riscos envolvendo grandes aquisições ou investimentos, mas que isso parece exagerado. O Santander mantém recomendação de compra para Suzano, com preço-alvo em R$ 75. Em relatório divulgado ontem, o J.P. Morgan reiterou sua recomendação de compra para as ações da companhia, mas atualizou o preço-alvo de R$ 80,50 para R$ 80, considerando as novas projeções para o câmbio e os preços das commodities para os próximos meses.
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A ação da companhia continua sendo a escolha principal do banco para o setor, com uma perspectiva mais positiva para os preços da celulose. O J.P. Morgan estima que, incluindo o Projeto Cerrado, a produção da Suzano deve chegar a 900 mil toneladas de celulose até o fim do ano, com as vendas somando 700 mil toneladas. A expectativa do banco é que a produção da Suzano suba até 30% em 2025, com os avanços do Projeto Cerrado, enquanto o fluxo de caixa livre da companhia deve ser beneficiado por menores investimentos no projeto.
Fonte: @ Valor Invest Globo
