Saldo do Dia: Bolsa teve alta limitada pela queda nos preços do petróleo e do minério de ferro, após fala de ministra Simone Tebet sobre corte de gastos, em um mercado com forte concentração em commodities e medidas protecionistas.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, oscilou entre o otimismo interno, impulsionado pela promessa de corte de gastos do governo, e o pessimismo externo, com queda no preço do petróleo e do minério de ferro diante de uma economia fraca na China e medidas protecionistas nos Estados Unidos. A incerteza no mercado global afetou diretamente o desempenho do Ibovespa.
No entanto, o mercado brasileiro tentou se recuperar, impulsionado pela expectativa de que o governo cumprirá suas promessas de corte de gastos e reformas econômicas. A bolsa brasileira é considerada uma das mais voláteis do mundo. O índice Ibovespa, que é o principal indicador do desempenho da bolsa brasileira, reflete a confiança dos investidores no mercado e na economia do país. A oscilação do Ibovespa é um reflexo da incerteza e da volatilidade do mercado global.
O Ibovespa se mantém estável apesar da pressão negativa
O mercado acionário brasileiro enfrentou um dia de grande volatilidade, com o Ibovespa, principal índice da bolsa, oscilando entre altas e baixas. No entanto, graças às declarações da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o índice conseguiu se manter perto da estabilidade e encerrar o dia com um sinal positivo. O Ibovespa fechou com 131.043 pontos, um avanço de 0,03% em relação ao dia anterior.
A ministra reafirmou que o governo está comprometido em cumprir o arcabouço fiscal, o que ecoou os comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Essa declaração ajudou a aliviar as preocupações dos investidores em relação à política fiscal do país.
No entanto, a forte composição de commodities no Ibovespa trabalhou contra a bolsa, com a queda nos preços do petróleo e do minério de ferro afetando negativamente as ações ligadas a esses setores. As empresas Vale e Petrobras, que correspondem a quase 25% da carteira teórica do Ibovespa, foram as principais vítimas dessa queda.
A preocupação com a China também neutralizou boa parte dos ânimos vindos da política fiscal mais austera. Sem novos estímulos para a economia chinesa, os investidores pisaram no freio, revendo as apostas feitas há um mês, quando a crença era de que o país voltaria a crescer em ritmo mais acelerado.
O mercado de commodities e o Ibovespa
A desvalorização dos produtos reduz o volume de dólares no mercado nacional e faz com que a moeda americana suba. O dólar comercial avançou 1,33%, negociado a R$ 5,65. No mês, a valorização já chega a 3,83%, aumentando a alta do ano para 16,54%.
A forte composição de commodities no Ibovespa também afetou o câmbio no Brasil e em outros emergentes que também têm parte importante da economia atrelada a esses materiais. A desvalorização dos produtos reduz o volume de dólares no mercado nacional e faz com que a moeda americana suba.
O volume de negociações foi de R$ 14,8 bilhões, mais uma vez abaixo da média diária de R$ 16,6 bilhões, calculada com base nos últimos 12 meses. As perdas acumuladas no mês são de 0,59%, enquanto o prejuízo do ano está em 2,34%.
O Ibovespa, principal termômetro do mercado acionário no Brasil, trabalhou contra a bolsa mais uma vez. Com a queda nos preços do petróleo e do minério de ferro, ações ligadas a esses setores impediram que o índice subisse um pouco mais. As empresas metálicas, de mineração e siderurgia, sofreram com mais um momento de azedume em relação aos seus principais produtos.
Fonte: @ Valor Invest Globo