Profissionais do ensino médio e mestrado mantêm paralisação desde abril, aguardam nova proposta para revisar salários e reestruturar carreiras.
Aulas do ensino médio ao mestrado paradas, biblioteca e diretorias ligadas a atividades de extensão sem funcionamento são alguns dos impactos de uma greve de funcionários e professores do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) em Sertãozinho (SP), que já se estende por quase dois meses.
A paralisação tem gerado preocupação entre os estudantes e a comunidade acadêmica, que buscam soluções para o impasse. O movimento de greve, que ganha força a cada dia, reivindica melhores condições de trabalho e salários mais justos, visando a qualidade do ensino e a valorização dos profissionais da educação.
Greve no IFSP de Sertãozinho: Mobilização e Reivindicações
No início de abril, uma greve foi mobilizada no Instituto Federal de São Paulo (IFSP) de Sertãozinho, como parte de um movimento mais amplo de paralisação em instituições federais. O objetivo principal da greve é revisar os salários em até 34%, reestruturar as carreiras e melhorar o orçamento para as instituições de ensino. Além disso, os profissionais estão solicitando a revogação da Lei do Novo Ensino Médio.
Os profissionais decidiram manter a paralisação em assembleia, aguardando uma nova proposta do governo federal. Enquanto isso, os estudantes estão preocupados com os prejuízos para o andamento do ano letivo. A paralisação também afeta as atividades do IFSP de Barretos, na região de Ribeirão Preto, em São Paulo.
Willy Gabriel Costa Peres, aluno de licenciatura em química em Sertãozinho, expressou sua preocupação com a situação: ‘As atividades no campus estão paradas. A única aula que está sendo realizada é fundamentos da matemática, porque a professora não é concursada. Isso está prejudicando muito o pessoal’.
O Ministério da Educação afirmou que está aberto ao diálogo para a valorização dos servidores. A greve dos servidores do IFSP de Sertãozinho começou no final de março e os profissionais estão pedindo a recomposição salarial, reestruturação nos planos de carreira e do orçamento dos institutos federais, além da revogação de medidas como a Lei do Novo ensino médio.
A adesão à greve em Sertãozinho é significativa, com 78% de adesão entre os docentes e 84% entre os técnicos administrativos. Isso resultou na paralisação de diversas atividades no campus, incluindo aulas do ensino médio, ensino superior e do mestrado profissional em educação profissional, técnica e tecnológica. Além disso, serviços como a biblioteca, Coordenadoria de Apoio ao Estudante, Coordenadoria do Sociopedagógico e Diretorias estão paralisados devido à greve.
Fonte: © G1 – Globo Mundo