Investidores recuam do frenesi por títulos isentos, com risco de taxação extra para rendimentos. Diversificação é a recomendação dos alocadores. Rendimentos acima de imposto de renda tributo incide em títulos fixos não isentos.
Com a anunciada taxação em até 10% sobre os rendimentos que ultrapassam o teto de R$ 600 mil por ano (ou R$ 50 mil por mês), a procura por ativos isentos de imposto passou a ser mais criteriosa. Alguns investidores tendem a priorizar opções mais seguras, como os títulos da dívida pública, que oferecem uma renda estável, mas também podem ser afetados pela alíquota de imposto.
Essa cautela é reforçada pelo fato de que a taxa de imposto pode variar dependendo do tipo de ativo e da alíquota aplicável. Além disso, a legislação tributária pode ser complexa e influenciar a forma como os ativos são avaliados para fins de imposto. Por isso, é importante que os investidores estejam bem informados sobre as alterações na legislação e como elas afetarão sua carteira. A gestão de imposto pode ser um aspecto crítico da gestão de investimentos, e é fundamental que os investidores trabalhem com profissionais experientes para garantir que seus ativos estejam otimizados para o imposto de renda.
Impacto do Imposto de Renda nas Investidas
A preocupação sobre o imposto de renda é uma questão frequente no mercado de investimentos, especialmente quando se trata de rendimentos isentos de imposto de renda. No entanto, é importante ter em mente que o imposto de renda pode afetar negativamente as rendas bem abaixo da média. De fato, o imposto de renda pode ser uma barreira significativa para os investimentos. Uma análise de como o imposto de renda afeta as rendas é crucial para os investidores.
No entanto, é preciso ter em mente que o imposto de renda pode ser uma barreira significativa para os investimentos. Os investimentos isentos de imposto de renda podem ter rendimentos piores do que a renda fixa não isenta, o que pode levar a uma redução nas rendas mesmo para os investidores isentos. Além disso, o imposto de renda pode afetar negativamente as rendas bem abaixo da média. Uma análise de como o imposto de renda afeta as rendas é crucial para os investidores.
A grande questão é que o imposto de renda incide em cima do rendimento, o que não isentará ativos que tenham sido comprados antes da mudança de regra ser aprovada. Isso coloca à mesa a insegurança em relação à precificação dos ativos. Isso ficou expresso na falta de interessados no leilão ‘Rota da Celulose’, que prevê a concessão de trechos de rodovias estaduais e federais totalizando 870,3 quilômetros pelo período de 30 anos.
Previsto para acontecer no início de dezembro, o leilão foi adiado para o primeiro trimestre de 2025. Na visão do governo, esse foi um movimento natural em razão da volatilidade do mercado e das taxas futuras de juros terem subido muito. Mas fato é que os investidores também passaram a calcular o impacto do (provável) novo imposto. Se aprovado, ele incidirá em 2026 e trará um novo componente de análise para a composição da carteira: de onde vem a maior fonte de renda do investidor.
Pelo que foi apresentado até agora, a ideia é que os investidores paguem um imposto de renda mínimo de 10%, considerando rendas tributadas (títulos não isentos e salários) e não tributadas (títulos isentos e dividendos). Quem estiver abaixo dessa alíquota, pagará o imposto complementar. Isso significa que, dependendo da fonte de renda do investidor, ele está mais longe ou mais perto dessa marca.
Enquanto os investidores CLT já são tributados em 27,5% na fonte (alíquota para renda acima de R$ 4.664,68), os empresários têm rendimentos mensais por dividendos de suas empresas, que são isentos. E os empresários que já venderam as suas companhias e vivem de rendimentos precisam estar atentos ao mix entre isentos e não isentos para não cair em uma alíquota inferior a 10% e ter taxação extra.
‘O fator peso da fonte de renda passará a ser importante na decisão de investimento. Quem é CLT terá mais espaço para ter isentos na carteira do que aquele que tem sua fonte de renda em dividendos’, afirma Odilon Costa, estrategista de renda fixa e crédito privado do grupo SWM, com cerca de R$ 7 bilhões sob custódia.
O novo imposto na ponta do lápis O especialista fez uma simulação de quanto aumentaria a carga tributária de investidores para quem tem rendimento anual de R$ 1,2 milhão e compartilhou com exclusividade com o NeoFeed. Foi levado em conta as informações passadas até agora pelo governo de que o imposto extra incidirá sobre os rendimentos acima de R$ 600 mil por ano para quem tiver uma alíquota efetiva menor que 10%.
A carga tributária para a renda fixa não isenta considerada foi de 15%, elegível para investimentos com mais de dois anos. Não foi considerada a hipótese de tributação de dividendos na fonte – algo que ainda está em discussão. O primeiro exemplo é um executivo CLT que recebe R$ 1 milhão de salário anual e ainda tem de rendimentos R$ 100 mil em renda fixa isenta e outros R$ 100 mil em títulos não isentos. Ele não seria afetado pela medida, pois sua renda tributável seria apenas de R$ 100 mil.
Fonte: @ NEO FEED