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Uma nova terapia para o tratamento de câncer de endométrio foi recentemente aprovada pela Anvisa. Essa inovação combina imunoterapia e quimioterapia, demonstrando eficácia na redução do risco de progressão ou morte da doença em estágio avançado de um subtipo específico, que possui deficiência nas enzimas de reparo do DNA, representando aproximadamente 20% a 30% dos casos.
Além disso, essa abordagem terapêutica mostra-se promissora para pacientes com câncer de endométrio, também conhecido como cancer uterus ou endometrial cancer. A combinação de imunoterapia e quimioterapia pode representar um avanço significativo no tratamento da doença, oferecendo novas perspectivas e esperança aos indivíduos afetados.
Novo Tratamento para Câncer de Endométrio: Avanços e Perspectivas
A recente aprovação de um novo tratamento para câncer de endométrio representa um marco significativo para pacientes com essa condição. Durante duas décadas, não houve novos medicamentos disponíveis, sendo o tratamento baseado apenas em quimioterapia. Há uma década, não houve atualizações no esquema de tratamento, mas agora surge uma nova esperança.
Andreia Melo, renomada médica e pesquisadora do Instituto Nacional de Câncer (INCA), destaca a importância da nova abordagem, que promete uma maior eficácia, especialmente em casos avançados. A combinação de terapias imunológicas e quimioterapia oferece um ganho significativo em sobrevida livre de progressão para as pacientes.
A pesquisa revela que mulheres com deficiência nas enzimas de reparo do DNA podem se beneficiar ainda mais desse tratamento inovador. No entanto, independente das características moleculares, o novo tratamento tem o potencial de beneficiar diferentes perfis de pacientes com câncer de endométrio, cada um em níveis distintos.
Com cerca de 15% a 20% dos casos diagnosticados em estágio avançado, os pacientes costumam ter opções de tratamento limitadas. A utilização da terapia hormonal não é considerada eficaz, e a quimioterapia, apesar de comum, apresenta alta toxicidade e prognóstico desafiador, com taxas de sobrevida de 20% a 30% em 5 anos.
Para aqueles em que a doença avançou ou retornou, as opções terapêuticas são ainda mais restritas. A introdução desse tratamento inovador oferece uma nova perspectiva para pacientes em estágio avançado, trazendo esperança e possibilidade de melhores resultados.
O Papel da Imunoterapia e Quimioterapia na Terapia de Câncer de Endométrio
A Dr.ª Andreia Melo explica o funcionamento do novo tratamento, que consiste na combinação de imunoterapia e quimioterapia. Anteriormente, os pacientes passavam por seis ciclos de quimioterapia, seguidos de observação. Atualmente, a imunoterapia é administrada juntamente com os ciclos de quimioterapia e, após essa fase, a manutenção é realizada exclusivamente com imunoterapia.
Essa abordagem inovadora proporciona um acompanhamento contínuo até que haja manifestação da doença ou reações adversas que exijam a interrupção do tratamento. A aprovação desse novo protocolo pela Anvisa permite sua prescrição por profissionais de saúde, com cobertura por seguros e planos de saúde.
As etapas para a inclusão do tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda estão em andamento, demandando avaliações criteriosas e debates técnicos na Conitec. Ainda que haja avanços regulatórios a serem alcançados, a expectativa é de que em breve mais pacientes possam se beneficiar desse avanço terapêutico.
Sintomas, Fatores de Risco e Diagnóstico do Câncer de Endométrio
De acordo com dados do INCA, o câncer de endométrio é o sétimo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, com aproximadamente 8 mil novos casos por ano no Brasil. Estimativas da OMS indicam um aumento significativo na incidência global da doença até 2040, com um crescimento alarmante no número de mortes.
Nesse cenário, a aprovação desse novo tratamento representa uma contribuição crucial para a melhoria das perspectivas de tratamento e sobrevivência de pacientes com câncer de endométrio. É um passo significativo em direção a uma abordagem mais eficaz e personalizada para essa condição complexa e desafiadora.
Fonte: @ Veja Abril