Após dias de dor ecorrendo a fuga de investidores em renda fixa juros, índice brasileiro aciona se recupera. Inflação brasileira e estadunidense melhoram ânimos. Porém, novos dados e decisão importantes podem mudar clima: renda variável, IPCA previa de abril, gastos de consumo, passos de juros, PCE inflação, avanço anual, meta de 2%, juros diferencial, desvalorização.
Após o período de inflação em alta, finalmente vemos um suspiro na economia brasileira. A inflação é um tema crucial, afetando diretamente o bolso dos cidadãos e o desempenho das empresas.
Diante das expectativas do mercado, a próxima reunião do Copom será fundamental para definir os rumos da taxa básica de juros (Selic). Os juros americanos também estão no radar, impactando diretamente a meta monetária do país. É importante ficar atento aos passos dos juros, pois podem influenciar diversas áreas da economia brasileira.
Expectativas em alta devido à queda na inflação do IPCA-15
O mercado ficou satisfeito com os números da inflação divulgados pelo IPCA-15, que é comumente visto como uma prévia do IPCA de abril. O índice registrou uma alta de 0,21%, abaixo das projeções que apontavam para 0,29%. Esses dados reforçam a expectativa de que na próxima reunião do Copom, a redução da taxa básica de juros (Selic) seja mantida em 0,50 ponto percentual, em vez de uma desaceleração mais modesta de 0,25 ponto percentual.
Passos dos juros e a influência dos juros americanos
Mesmo nos Estados Unidos, há movimentações para conter o apetite ao risco. O indicador-chave para o Federal Reserve, a inflação PCE, teve um aumento mensal de 0,3%, alinhado às expectativas dos analistas. No entanto, o avanço anual de 2,7% está distante da meta de 2% almejada pela autoridade monetária, criando um desafio adicional.
O mercado recebeu de forma mais positiva essa ligeira desaceleração inflacionária, especialmente em um contexto de incertezas globais. A queda na expectativa macroeconômica, incluindo nos Estados Unidos, tem gerado certa apreensão, mas os investidores estão otimistas com a possibilidade de retomada.
Desafios e projeções para o mercado financeiro
Com a perspectiva de corte de juros no radar do Copom, o diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos pode diminuir, o que poderia impactar a taxa de câmbio. Ana Paula Carvalho, planejadora financeira da AVG Capital, destaca a potencial pressão sobre o dólar caso a trajetória de redução da Selic continue.
O dólar comercial fechou em queda de 0,89%, cotado a 5,12, acumulando um recuo de 1,60% na semana, mas um aumento de 2% no mês e de 5,44% no ano. Apesar do alívio momentâneo, a volatilidade persiste, refletindo um ambiente delicado e repleto de incertezas, principalmente diante dos desafios econômicos enfrentados globalmente.
Expectativas futuras e desafios a serem superados
Apesar da leve recuperação nos mercados financeiros, as preocupações com a economia permanecem. O recente desempenho aquém do esperado do PIB dos EUA gerou apreensão e levantou dúvidas sobre a trajetória das taxas de juros no país. A possibilidade de enfrentar uma estagflação, com combinação de estagnação econômica e inflação persistente, é um cenário preocupante que está sendo monitorado de perto pelos investidores e analistas nos próximos dias.
Fonte: @ Valor Invest Globo