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Ex-jogador da seleção brasileira prioriza sustentabilidade financeira ao ajustar carteira de investimentos com assessoria de equipe especializada.
Ele já subiu ao primeiro lugar do pódio em Olimpíadas duas vezes. Então é de se imaginar que poucas atividades ainda poderiam parecer desafiadoras para o bicampeão olímpico do vôlei brasileiro Giovane Gávio. Mas fazer investimentos sozinho é uma delas.
Para quem está acostumado com a adrenalina das quadras, lidar com o mundo dos investimentos financeiros pode ser um novo desafio. No entanto, diversificar as aplicações financeiras pode ser uma estratégia inteligente para quem busca ampliar seus horizontes financeiros e investir de forma mais assertiva.
Investimentos: o caminho para a sustentabilidade financeira
Aos 53 anos, o ex-jogador da seleção que conquistou o primeiro lugar no pódio com a medalha de ouro do Brasil em esportes coletivos (Barcelona-1992) está focado em novas atividades desafiadoras. Ele começa a se organizar para seu próximo desafio: a aposentadoria integral das quadras. Ou melhor: um futuro sem a cotidiana ‘ralação’, em suas palavras.
‘O objetivo que estabeleci é atingir a sustentabilidade financeira com a carteira de investimentos nos próximos cinco a 10 anos. O planejamento é ir até os 65 anos nessa ‘ralação’ mais pesada do dia a dia. Por isso, a ideia agora é preparar junto com a equipe de assessoria de investimentos que me acompanha um portfólio que garanta renda passiva suficiente para pagar as contas e manter a qualidade de vida sem que eu tenha que me preocupar no futuro com o ritmo de trabalho’, conta o ex-jogador.
Giovane, presidente do projeto do Joinville Vôlei, equipe fundada em 2022 que já compete nas ligas de elite do esporte no Brasil, conversou com o Valor Investe por videochamada do aeroporto onde aguardava o voo que o levaria do Rio de Janeiro a Joinville (SC), fazendo conexão em São Paulo. ‘Isto [a conexão] alonga um pouco a viagem, mas não há voos diretos nesse trajeto’, desabafa.
Nos seus mais de 30 anos de carreira, o novo embaixador da Manchester Investimentos aprendeu a duras penas que, também no mercado financeiro, a performance de ponta (da carteira de ativos, neste caso) exige um bom ‘técnico’. ‘Eu não tinha noção do impacto de uma aplicação de juros sobre juros [juros compostos], de um investimento bem feito. Já entrei em ciladas e assumi riscos em investimentos que me custaram caro. Depois dessas lições, entendi a importância de ser acompanhado por um profissional. Também aprendi que não existem milagres. A promessa daquele retorno tentador sempre carrega grandes perigos’, reflete.
Giovane já foi vítima de um esquema de pirâmide financeira e entende que teria escapado do golpe se estivesse assessorado à época. Até então, o ex-atleta investia por conta própria. ‘Se eu tivesse recebido assessoria quando tinha 20 anos, época que fui jogar na Itália e comecei a ganhar mais dinheiro, estaria em uma situação financeira até mais confortável hoje em dia’, cogita. ‘Um percentual relevante dos atletas ‘quebram’. A maioria dos jogadores de ponta ganha dinheiro mesmo por cerca de 10 anos, depois precisa viver outros 50, 60 anos afastado do campo ou das quadras, ganhando bem menos. É difícil se organizar para isso.’
Giovane é do tipo de investidor com perfil conservador, embora explore ocasionalmente o universo de startups como investidor-anjo. ‘Faço parte do BR Angels [associação de investidores-anjo], mas são empreitadas de investimentos pontuais. É uma atuação mais relacionada à minha ligação com o esporte, faço também análise de projetos de fomento à área de saúde e formação de atletas’, conta.
Fonte: @ Valor Invest Globo