ouça este conteúdo
Medalhista brasileiro de canoagem, perdeu um dos órgãos há 2 décadas aos 10 anos; cuidados adicionais são necessários, desafio é maior.
Com quatro medalhas olímpicas no currículo, Isaquias Queiroz mostrou que ter apenas um rim não foi obstáculo para se tornar o primeiro medalhista brasileiro na canoagem. Nascido em Ubaitaba, o atleta de 30 anos sempre demonstrou sua determinação desde a infância, superando desafios e provando seu talento nas competições.
Isaquias é reconhecido não só por suas conquistas, mas também por sua história de superação e dedicação ao esporte. O canoísta inspira jovens atletas a nunca desistirem de seus sonhos, mostrando que com esforço e perseverança, é possível alcançar o sucesso em qualquer competição.
Isaquias Queiroz: o atleta canoísta e sua incrível jornada de superação
Uma das maiores experiências de Isaquias lhe ocorreu aos 10 anos, quando subiu em uma árvore para conferir uma serpente morta, caiu de costas sobre uma pedra e feriu um dos rins, que precisou ser retirado. No entanto, um rim a menos não foi obstáculo para Isaquias se tornar o primeiro medalhista brasileiro olímpico na canoagem. Com quatro medalhas olímpicas, ele alcançou o título de primeiro brasileiro a conquistar três medalhas numa única edição dos Jogos, na Rio-2016.
Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann foram escolhidos como os porta-bandeiras do Brasil em Paris-2024. Em Paris, Isaquias fará história mais uma vez ao representar o Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, desfilando pelo rio Sena como porta-bandeira ao lado de Raquel Kochhann, do rugby.
Em uma conversa com o Terra Você, o canoísta compartilhou que, apesar das adversidades enfrentadas, não ter um rim há duas décadas está longe de ser seu maior desafio. Isaquias mencionou: ‘Não dá para definir um desafio ou outro, o importante é que eu busco vencê-los sempre, acho que o maior desafio é superar os meus próprios limites, pra mim esse sempre será o mais desafiador.’
Isaquias Queiroz nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 conquistou a medalha de prata no C1 1000m da canoagem velocidade. Acompanhado de perto pelo técnico da Seleção Brasileira Olímpica de Canoagem, Lauro de Souza Junior, Isaquias explicou como lida com a pressão de competir em alto nível, destacando a importância de superar seus próprios desafios.
O canoísta revelou uma dieta especial que o auxilia na preparação para as competições, enfatizando a importância da nutrição adequada. Isaquias ressaltou: ‘A nutrição é sempre a comida caseira feita pela minha esposa, essa é a melhor nutrição que um atleta pode ter.’
Isaquias havia planejado que Paris seria sua última participação como atleta nos Jogos Olímpicos, mas seus planos mudaram. Ele agora almeja competir nos Jogos Olímpicos de Verão em Los Angeles, em 2028. Isaquias afirmou: ‘Vou dar uma descansadinha depois dos Jogos Olímpicos, curtir mais minha família, viajar e depois me preparar para o próximo ciclo olímpico.’
O médico nefrologista e presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, José A. Moura Neto, assegurou que, com alguns cuidados, é possível ter uma vida relativamente normal com um rim só. Atletas como Isaquias precisam de cuidados adicionais para garantir seu bem-estar e desempenho nas competições.
Fonte: @ Terra