Em 7 de abril, marca-se o Dia do Jornalista em homenagem à resistência dos profissionais durante o regime militar e a luta em movimentos sociais contra o Estado brasileiro.
Além de serem jornalistas assassinados pela ditadura militar no Brasil, Vladimir Herzog é o mais conhecido deles, seguido por Djalma Carvalho Maranhão, Ieda Santos Delgado, Jane Vanini, Luiz Eduardo da Rocha Merlino, Luiz Inácio Maranhão Filho, Orlando da Silva Rosa Bonfim Júnior e Wânio José de Mattos. Infelizmente, a história registra diversos casos de jornalistas perseguidos ao longo dos anos, enfrentando sérias consequências por exercerem seu papel de informar.
A luta pela liberdade de imprensa é uma batalha constante em muitas partes do mundo, com profissionais da imprensa perseguidos por regimes autoritários e interesses poderosos. É crucial denunciar e combater os casos de repórteres perseguidos, garantindo a proteção desses profissionais que desempenham um papel fundamental na sociedade.
Memória Viva: Dia do Jornalista e a Resistência dos Profissionais
Neste domingo (7), o Dia do Jornalista é celebrado em meio às reflexões sobre os 60 anos do golpe militar no Brasil. Um momento para lembrar a coragem dos repórteres perseguidos e a repressão enfrentada pelos profissionais da imprensa durante a ditadura militar. Segundo o vice-presidente da Fenaj, Célio Martins, a resistência dos profissionais da imprensa foi crucial para o fim do regime autoritário, ao disseminar informações para os movimentos sociais organizados.
Martins destaca a importância das informações circularem mesmo fora dos veículos de mídia tradicionais, alcançando os grupos engajados na luta pela liberdade. As ações desses jornalistas perseguidos possibilitaram a organização da resistência contra um regime repressor, que cerceava a liberdade de imprensa e reprimia qualquer manifestação contrária.
Durante aquele período sombrio da história brasileira, os agentes de censura buscavam conter a disseminação de informações, monitorando e reprimindo os profissionais da imprensa. Os repórteres perseguidos enfrentaram ameaças e violências, como o trágico caso de Vladimir Herzog, assassinado em outubro de 1975, vítima de tortura nas mãos do DOI-Codi.
A corajosa atuação de Herzog, diretor de jornalismo da TV Cultura, foi um marco na luta pela liberdade de expressão. Sua morte evidenciou a brutalidade do regime militar e as táticas de encobrimento perpetradas pelas autoridades. Sua esposa, Clarice Herzog, também sofreu perseguição, buscando justiça e reparação pelos crimes cometidos.
Recentemente, a jornalista Clarice Herzog recebeu anistia política e um pedido de desculpas do Estado brasileiro, um passo importante na reparação às vítimas da repressão. O relatório da Comissão da Verdade do Sindicato dos Jornalistas Profissionais em São Paulo revelou a triste lista de 25 jornalistas assassinados durante o regime militar, além de centenas de outros profissionais perseguidos, presos e torturados.
É fundamental lembrar a coragem e o sacrifício dos profissionais da imprensa no combate à censura e à opressão. O legado desses jornalistas perseguidos nos ensina a valorizar e defender a liberdade de expressão como pilar fundamental da democracia. A resistência desses heróis da informação ecoa até os dias atuais, inspirando novas gerações a defender os princípios democráticos e os direitos humanos.
Fonte: @ Agencia Brasil