Direciona investimentos para experiência do consumidor, Lojas na UTI, estoque alto de produtos, receitas de vendas parceladas e operações de enxugamento em foco varejo alta valor agregado.
Das mais de mil Lojas que o Grupo Casas Bahia (BHIA3) possui atualmente, algo entre 70 e 100 estão ‘na UTI’. Elas não entregam a rentabilidade esperada e, por isso, correm o risco de fechar. Pode ser uma Loja com um estoque elevado de produtos ou cujas receitas vêm, principalmente, de vendas parceladas, o que eleva os custos financeiros da operação.
Para reverter essa situação, a Companhia está implementando diversas estratégias para revitalizar essas Lojas em dificuldade. A ideia é reestruturar a operação, buscar novas formas de atrair clientes e otimizar os processos internos. A expectativa é que, com essas medidas, as Lojas consigam voltar a ser lucrativas e contribuir positivamente para o Grupo Casas Bahia.
Operações de Enxugamento e Foco no Varejo das Lojas
O estado de saúde dessas unidades pode ser crítico, mas a empresa está empenhada em revitalizá-las. Regularmente, é feita uma análise do desempenho dessas lojas, buscando maneiras de reduzir custos, melhorar as vendas e otimizar o estoque, conforme detalhado por Elcio Ito, CFO da Casas Bahia, em uma entrevista ao Por Dentro dos Resultados, do InfoMoney. De acordo com o executivo, a gestão das ‘UTIs’ das lojas é dinâmica. Algumas unidades apresentam melhorias e são consideradas aptas a receber alta, enquanto outras podem ser ‘internadas’ devido ao baixo desempenho. O objetivo é evitar o fechamento de lojas, mas também garantir um crescimento saudável.
A avaliação minuciosa faz parte da estratégia adotada pela empresa desde agosto do ano passado, com foco no varejo de produtos de maior valor agregado e na otimização das operações para se adequar à estrutura de capital. Antes da reestruturação, a Casas Bahia contava com cerca de 1.100 lojas. Após identificar entre 50 e 100 lojas deficitárias, a empresa optou por fechar 57 unidades em 2023. Além disso, houve uma redução de 20% no quadro de funcionários, com aproximadamente 8.600 posições cortadas, incluindo 42% dos cargos de liderança.
O CFO Elcio Ito ressalta que o plano de transformação ainda está em andamento e que as medidas mais drásticas de readequação já foram tomadas. O foco agora está em investir na experiência do consumidor, com a empresa voltando sua atenção para a venda de móveis e eletrodomésticos, produtos considerados essenciais. A Via, antiga Casas Bahia, retomou seu nome original para reforçar essa especialização.
Enquanto algumas lojas permanecem em situação delicada, outras estão sendo revitalizadas. Recentemente, uma unidade da Casas Bahia na Zona Leste de São Paulo foi transformada em uma megaloja, oferecendo experiências únicas aos clientes, como uma cozinha experimental. O foco da empresa é se tornar um especialista nas categorias de produtos escolhidas.
A experiência do consumidor é prioridade nos investimentos da Casas Bahia, com planos de expandir o formato de megaloja para até 150 unidades no futuro. Itens de menor porte, como bebidas e produtos de beleza, que antes geravam prejuízo, agora são comercializados no marketplace da empresa, que conta com estoques de vendedores terceirizados. A estratégia é garantir uma oferta diversificada, sem comprometer a rentabilidade das lojas.
Fonte: @ Info Money