Bancos freiam crescimento do crédito com juros em alta.
O ano de 2024 foi marcado por um significativo lucro para os três maiores bancos privados do País, que alcançaram um total de R$ 74,8 bilhões em lucro líquido, representando um crescimento de 22,1% em relação a 2023. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pelo crescimento do crédito, que teve um impacto direto no lucro dos bancos. Com a economia em um cenário de incerteza, os bancos precisam estar preparados para enfrentar os desafios que 2025 pode trazer, especialmente com a previsão de juros em alta.
No entanto, com a previsão de juros em alta e economia em desaceleração, os bancos esperam reduzir o ritmo de expansão do crédito, o que pode afetar o lucro em 2025. O ganho obtido em 2024 foi significativo, mas os bancos precisam estar atentos ao benefício de manter uma política de crédito mais conservadora para evitar prejuízos. O resultado dos bancos em 2024 foi alavancado pelo crescimento do crédito, mas em 2025, o lucro pode ser influenciado por outros fatores, como a gestão de riscos e a eficiência operacional. É fundamental que os bancos estejam preparados para enfrentar os desafios que 2025 pode trazer, e a estratégia certa pode ser a chave para manter o lucro em níveis satisfatórios.
Lucro e Crescimento do Crédito
A busca por lucro é um objetivo constante para os bancos, e o crescimento do crédito é uma das principais formas de alcançar esse objetivo. No ano passado, o Itaú teve a maior expansão de carteira, com um crescimento de 15,5% em um ano, influenciado pelo câmbio, que eleva o saldo de empréstimos a empresas denominados em dólar. Além disso, o banco também cresceu entre micro, pequenas e médias empresas e na carteira de pessoas físicas, com foco nos clientes com melhor capacidade de pagamento, o que resultou em um ganho significativo. Em cartões de crédito, por exemplo, o banco teve crescimento de 4,9% em relação ao final de 2023, com uma expansão concentrada nos segmentos Uniclass e Personnalité, de média e alta renda, onde a alta da carteira no mesmo período foi de 17,5%, gerando um benefício considerável.
O Santander, por outro lado, teve um foco em determinadas linhas de crédito, como a financeira, onde o banco teve crescimento de 20% na carteira de automóveis, apostando em ampliar as vendas cruzadas de produtos e serviços à base de clientes, o que pode resultar em um resultado positivo. Em cartões, 88% dos clientes são correntistas, o que demonstra a importância da carteira de crédito para o banco. A margem financeira líquida é um indicador importante para os bancos, e o Itaú reduziu de forma relevante a exposição a clientes de maior risco, como os de baixa renda, o que pode ter um impacto positivo no lucro.
Lucro e Margem Financeira Líquida
A margem financeira líquida é um indicador importante para os bancos, e o Bradesco também deu maior destaque a esse indicador, que cresceu 32,7% no ano passado com a queda de 24,9% nas provisões contra a inadimplência. Isso demonstra a importância de gerenciar o risco para alcançar o lucro. ‘Não estou trabalhando com a expectativa de que a gente tenha problema na inadimplência, estamos muito seguros com o que estamos originando’, disse o presidente do banco, Marcelo Noronha, em entrevista à imprensa, o que sugere que o banco está confiante em sua capacidade de gerar lucro. A rentabilidade dos bancos é um indicador importante, e os bancos esperam um aumento da rentabilidade, mas a carteira de crédito deve crescer menos, o que pode ter um impacto no lucro.
O Itaú prevê alta de até 8,5%, por exemplo, e considera que a margem deve ter expansão maior, de até 11,5%, o que pode resultar em um ganho significativo. O Santander não informa guidances, mas também sinalizou que o ano será de desaceleração, o que pode ter um impacto no lucro. No Bradesco, a expectativa é crescer de 4% a 8%, o que pode resultar em um benefício considerável. O motivo para as projeções menos otimistas é o cenário mais difícil na economia, com a alta dos juros, que pode consumir uma fatia maior da renda das famílias e colocar um freio na atividade, aumentando o desemprego, o que pode ter um impacto negativo no lucro. Tudo para conter a inflação, que ainda deve fechar o ano acima do teto da meta oficial, o que pode ter um impacto no lucro. O Itaú, por exemplo, prevê que a Selic chegará a 15,75% ao ano no final de 2025, 2,5 pontos porcentuais acima do patamar atual, o que pode ter um impacto no lucro. A equipe de análise econômica do Bradesco afirmou, em relatório divulgado na quarta-feira, que o cenário de uma recessão na segunda metade deste ano ficou mais provável, o que pode ter um impacto negativo no lucro.
Fonte: @ Mercado e Consumo