Em evento do PT, presidente ironiza banqueiros e termos: pacote, corte, de gastos, isenção, Imposto, Renda, cobrar, renda das pessoas mais ricas, lançamento do Quaest.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais conhecido como Lula, vai agir com cautela em relação ao pacote de corte de gastos do governo, divulgado recentemente pela equipe econômica. Lula citou como exemplo, no entanto, a proposta de isentar do Imposto de Renda de todos os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil, algo que ele ainda não tem certeza.
O Lula da Silva está muito otimista com a apresentação do pacote de corte de gastos do governo, divulgado recentemente pela equipe econômica, e espera que ele possa gerar novas oportunidades para o país. Lula citou a proposta de isentar do Imposto de Renda de todos os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil como um exemplo de como o governo pode reduzir os custos e melhorar a situação econômica.
Presidente Lula aborda ideias de mudanças sociais
Durante participação em seminário organizado pelo Partido dos Trabalhadores e pela Fundação Perseu Abramo, Lula enfatizou a importância de ‘cobrar renda das pessoas mais ricas’ no país, como parte de um pacote de medidas para redistribuir a riqueza. ‘Estou muito otimista com o que vai acontecer neste país. E, fiquei mais otimista com o lançamento do programa que nós anunciamos agora: desde a isenção para quem ganha até R$ 5 mil até a tentativa de a gente moralizar os benefícios públicos, porque nem tudo é correto’, disse Lula, reforçando sua postura otimista. ‘Mas, sobretudo, de a gente cobrar renda das pessoas mais ricas’, ressaltou o presidente, enfatizando a importância de mudanças sociais na sociedade brasileira.
O presidente também ironizou o resultado da pesquisa Quaest, que mostrou que 90% dos analistas de 105 fundos de investimento têm uma avaliação negativa sobre o governo petista. ‘Eu vi o resultado da pesquisa Quaest. E esses banqueiros disseram que 90% deles são contra mim. Eu não fiquei nervoso, eu fiquei feliz por que eu já ganhei 10% [deles] porque antes eram 100% contra mim’, disse Lula, reforçando sua postura confiante em relação à sua popularidade. ‘E, é muito importante que eles digam que são contra mim para que eles digam de que lado eles estão. [Digam] quem é o candidato deles, qual é a política econômica que eles querem’, questionou Lula, mantendo a linha de ataque contra os banqueiros.
Apesar de Lula dizer que, antes, 100% dos investidores eram contra ele, a pesquisa anterior apontava dados diferentes. Em março, aproximadamente 64% dos fundos de investimento tinham visão negativa do governo, e a avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também mudou. Agora, 41% consideram seu trabalho positivo, enquanto no mês de março eram 50%, e a avaliação negativa subiu de 12% para 24%. Para 61%, a força de Haddad está menor do que no começo do mandato, patamar que era de 14% na pesquisa anterior.
Também não escapou do crivo de Lula a avaliação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que, ontem, demonstrou irritação com a pesquisa. Para Rui, o mercado está tentando desestabilizar o governo e antecipar o processo eleitoral de 2026. ‘Se a gente não fizesse a diferença, parece que é tudo igual. E nem tudo é igual neste país’, concluiu Lula, reforçando a importância de mudanças sociais no país. ‘Continuamos vendo as pessoas viverem mais, os pobres morrerem mais, os pobres morrerem analfabetos, e a gente nasceu para mudar isso’, disse o presidente.
Fonte: @ Valor Invest Globo