Reação dos investidores à demissão repentina de Jean Paul Prates será o primeiro teste para o núcleo da gestão, alteração que pode levar a nova indicação para conquista de uma posição mais estável.
A queda das ações da Petrobras negociadas na bolsa de Nova York, de 7%, foi apenas um aperitivo do que deve acontecer com os papéis aqui no Brasil logo na abertura dos mercados nesta quarta-feira. A reação dos investidores ao anúncio repentino de João Paulo Prates será o primeiro sinal do mercado em relação à decisão do presidente Lula. Os bastidores da demissão, revelados por Maria Oliveira, confirmam que Prates foi afastado pelas forças políticas do Centrão e do PT no Palácio do Planalto. Alexandre Silveira e Rui Costa, ministros de Minas e Energia e Casa Civil, estavam presentes e testemunharam a saída do agora ex-presidente da Petrobras.
Enquanto isso, a preocupação com a instabilidade no setor de petróleo e energia cresce entre os especialistas do mercado financeiro. A incerteza sobre o futuro da empresa e seu impacto no fornecimento de combustível nacional gera apreensão nos investidores. É fundamental que o governo adote medidas claras para tranquilizar o mercado e garantir a estabilidade do setor de petróleo e energia no país. A transparência nas ações futuras será crucial para restaurar a confiança dos investidores e evitar maiores turbulências no mercado financeiro. bolsa de Nova York
Petróleo: A Estratégia de Lula na Petrobras
Não é possível alegar surpresa com o movimento de Lula já que ele sempre deixou claro o que queria fazer com a petrolífera. O plano começou a dar certo quando o então ministro da STF, Ricardo Lewandowski, suspendeu a Lei das Estatais, abrindo a porteira para a entrada de políticos no núcleo de gestão da Petrobras. Além dessa, a outra corrosão das blindagens adotadas em 2016 se deu na alteração do estatuto da empresa para permitir virada nos investimentos para tudo que já deu errado no passado. Agora, com a queda de Prates e a indicação de Magda Chambriard, confirmada pela própria companhia, arremata a conquista de Lula pelo comando total da Petrobras. Chambriard é próxima de Graça Foster, que foi presidente da estatal durante governo Dilma Rousseff, ou seja, o grupo mais coeso na visão de que a Petrobras é do governo e não precisa dar lucro, deve ser o veículo de atuação do plano do presidente da República. Lula acaba de fincar a bandeira do PT e de sua agenda na Petrobras. E deve promover uma sangria no caixa da companhia, por enquanto, com poucas chances de reversão no curto prazo.
Petróleo: O Jogo Político na Gestão da Petrobras
Lula sempre deixou claro suas intenções em relação à petrolífera, não sendo surpresa seu movimento estratégico. O plano ganhou força com a suspensão da Lei das Estatais por Ricardo Lewandowski, permitindo a entrada de políticos no núcleo de gestão da Petrobras. A alteração do estatuto da empresa em 2016 também contribuiu para mudanças nos investimentos. A queda de Prates e a indicação de Magda Chambriard consolidam a conquista de Lula no controle da Petrobras. Chambriard, próxima de Graça Foster, ex-presidente da estatal, representa a visão de que a Petrobras pertence ao governo e não precisa ser lucrativa. Lula estabelece sua influência na companhia, promovendo mudanças que podem impactar o caixa no curto prazo.
Fonte: © CNN Brasil