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Presidente venezuelano questionou eleições no Brasil, EUA e Colômbia, afirmando que seu país tem ‘o melhor sistema eleitoral’ do mundo.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mencionou que as eleições no Brasil não são auditadas, sem apresentar evidências. O político venezuelano falou durante um evento de campanha na noite de terça-feira (23).
Em meio aos preparativos para os próximos pleitos, é fundamental garantir a transparência dos sufrágios e a confiabilidade do sistema eleitoral. A importância das eleições democráticas reflete diretamente na construção de uma sociedade justa e igualitária.
Eleições na Venezuela: Maduro Questiona Sistemas Eleitorais
Além do Brasil, Maduro questionou os sistemas eleitorais dos Estados Unidos e da Colômbia. Por outro lado, afirmou que a Venezuela ‘tem o melhor sistema eleitoral do mundo’. ‘Temos 16 auditorias […] Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos, o sistema eleitoral é inauditável. No Brasil, não auditam um registro. Na Colômbia, não auditam nenhum registro’, destacou.
Ao contrário do que afirmou Maduro, as eleições no Brasil são totalmente auditáveis, com processos múltiplos e complementares. Todas as etapas são acompanhadas por entidades e partidos políticos. O processo eleitoral brasileiro conta ainda com testes de segurança de integridade e de autenticidade, para garantir que não há divergência entre os votos dados e registrados pelas urnas. Em 2022, foi realizado o teste de biometria para verificar a correspondência da impressão digital do eleitor.
Houve também uma análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de 3 mil boletins de urna, sem encontrar divergências. Nas eleições presidenciais de 2022, a Missão de Observação das Eleições (MOE) da Organização dos Estados Americanos (OEA) produziu um relatório atestando a eficiência das urnas eletrônicas.
Ao questionar os sistemas eleitorais de outros países, Maduro reforçou sua confiança em vencer na Venezuela e desafiou a oposição a aceitar os resultados. Enquanto isso, membros da oposição relatam enfrentar ‘obstáculos graves’ para obter credenciais fiscais eleitorais.
Maduro mandou uma ‘indireta’ ao presidente Lula (PT), em referência a um comentário feito pelo petista. Lula destacou a importância de respeitar os resultados eleitorais e se preparar para futuras disputas. Maduro, por sua vez, prevê a maior vitória eleitoral de sua história.
Sobre o ‘banho de sangue’, Maduro esclareceu que fez uma reflexão, não uma ameaça. O Itamaraty optou por não comentar a provocação, avaliando que Maduro demonstra sinais de fraqueza. ‘Você já viu candidato ganhador com essa atitude na véspera de eleição?’, questionou um diplomata.
Fonte: © G1 – Globo Mundo