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Policiais acusados de matar nove jovens em baile funk em São Paulo em 2019. Operação DZ7: homicídio qualificado no pancadão.
Os 12 policiais militares réus do caso do ‘Massacre da Paraisópolis’ participam de mais uma audiência de instrução nesta sexta-feira (2), com início às 10h, no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. A Operação Pancadão, realizada pela Polícia Militar em 1° de dezembro de 2019, resultou na morte de nove jovens com idades de 14 a 23 anos durante o baile da DZ7 na comunidade de Paraisópolis. Os policiais são acusados de homicídio qualificado e lesão corporal, ambos por dolo eventual.
O julgamento do ‘Massacre do Paraisópolis’ tem gerado grande comoção na sociedade, com manifestações pedindo por justiça e punição aos responsáveis. A comunidade de Paraisópolis clama por respostas e medidas que garantam a segurança e o respeito aos seus moradores. É fundamental que a justiça seja feita e que casos como esse não se repitam, para evitar novas tragédias e injustiças. A população de Paraisópolis merece viver em paz e com dignidade.
Operação Paraisópolis: Audiência do Massacre do Paraisópolis
Isso ocorre quando há a intenção de cometer o crime. Esta é a quinta audiência do caso do Massacre do Paraisópolis. Até quatro testemunhas de defesa devem prestar depoimento hoje, conforme informado pelo advogado Fernando Capano, representante de 8 dos 12 réus. É importante ressaltar que os réus não serão interrogados nesta sexta-feira (2), sendo este procedimento realizado somente após o depoimento de todas as testemunhas. No total, entre acusação e defesa, estão listadas 44 testemunhas.
Pancadão em Paraisópolis: Desdobramentos do Caso
A última audiência do caso ocorreu em 28 de junho deste ano, com a presença de cinco testemunhas que foram ouvidas ao longo de nove horas de sessão. Entre elas estavam três coronéis da PM e o ex-comandante geral da Polícia Militar de São Paulo, Marcelo Salles. A partir da audiência de instrução, o juiz Antonio Carlos Pontes de Souza deverá avaliar se existem evidências suficientes para comprovar a participação dos policiais no crime. Posteriormente, o magistrado decidirá se o caso será levado a júri popular. Até o momento, 13 policiais estavam envolvidos no processo, sendo que apenas 12 são réus pelo homicídio dos jovens.
Desdobramentos da Operação Paraisópolis
Outro agente estava sendo acusado por abuso de autoridade e chegou a um acordo com a Justiça para não ser mais réu. No banco dos réus encontra-se Gabriel Luis de Oliveira, que apareceu em um vídeo celebrando a morte de suspeitos. Em 22 de julho, o Ministério Público solicitou o afastamento do policial das ruas de São Paulo, porém o pedido foi negado pela Justiça. Não há indícios de que a atuação do agente esteja prejudicando o andamento do processo dos mortos em Paraisópolis em 2019.
Relembre o Massacre do Paraisópolis
Durante a ação da Polícia Militar na zona Sul de São Paulo, os policiais cercaram um quarteirão com grande concentração de pessoas em Paraisópolis. Foram utilizadas bombas de gás lacrimogêneo, tiros de balas de borracha, golpes de cassetetes e gás de pimenta. O tumulto resultou na morte de nove jovens, asfixiados com spray de pimenta e bombas de gás. Um dos jovens sofreu traumatismo craniano. As vítimas foram: Gustavo Cruz Xavier, Marcos Paulo Oliveira dos Santos, Dennys Guilherme dos Santos Franco, Denys Henrique Quirino da Silva, Luara Victória Oliveira, Gabriel Rogério de Moraes, Eduardo da Silva, Bruno Gabriel dos Santos e Mateus dos Santos Costa. A mãe de Denys Henrique, Maria Cristina Quirino, espera por justiça para seu filho e demais vítimas.
Fonte: @ CNN Brasil