Caso em Canoas, RS, um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência teve uma discreta atividade nas redes sociais sobre a importância de vacinação e doação de sangue, mas teve uma relação de desavenças com o histórico da família.
O caso mais chocante envolvendo um médico em Porto Alegre envolveu o Dr. André Lorscheitter Baptista, um profissional de saúde de 48 anos, que foi preso em 29 de março, suspeito de envenenar sua esposa, Patrícia Rosa dos Santos, com um sorvete. A trágica ação ocorreu em 22 de março, em Canoas, na região metropolitana da cidade.
Equipes de saúde de várias unidades de saúde, inclusive enfermeiros, estiveram envolvidas na investigação do caso, buscando entender os motivos por trás da ação do médico. A equipe de profissionais de saúde trabalhou arduamente para coletar provas e construir um caso sólido contra o médico. Embora ainda não esteja claro o que impulsionou o médico a cometer tal ato, a investigação é uma prova da importância de um sistema de saúde forte em localizar e punir indivíduos que violam as leis de saúde.
Investigações revelam fatores que contribuíram para o feminicídio
As investigações da Polícia Civil revelam detalhes chocantes sobre o feminicídio cometido por André Lorscheitter Baptista, um profissional de saúde de renome, cujo histórico de carreira como médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi utilizado para cometer o ato hediondo contra Patrícia Rosa dos Santos. A defesa de Baptista insiste na inocência do médico, afirmando que as causas da morte ainda não foram totalmente esclarecidas.
Formado em Medicina em 2001, pela Universidade Federal de Rio Grande do Sul, Baptista tem uma inscrição no conselho regional da categoria datada de junho de 2007. De acordo com o site do Conselho Federal de Medicina, o médico tem especialização em medicina de emergência, e a sua situação é considerada regular. Apesar disso, a atividade do médico nas redes sociais era discreta, limitando-se a postagens voltadas para orientações na área da medicina, como a importância da vacinação e da doação de sangue, além da importância de proteção aos animais.
A relação entre Baptista e a vítima era marcada por desavenças, conforme afirmam os parentes de Patrícia, ouvidos nas investigações. Os familiares relatam que o médico tentou realizar um aborto na mulher quando ela estava grávida, além de ministrar medicações. Diante do histórico, a família de Patrícia solicitou uma autópsia para investigar a morte, apontada por André como de causa natural decorrente de um enfarte agudo do miocárdio. No entanto, o exame revelou o envenenamento.
Acredita-se que o médico tenha utilizado suas habilidades técnicas para cometer o feminicídio, incluindo o uso de medicações letais e a manipulação do corpo da vítima. A investigação aponta que Baptista inseriu medicamentos no sorvete da vítima, o que levou à morte, e também aplicou substâncias letais no pé da vítima, sem deixar marcas evidentes.
A defesa de Baptista insiste na inocência do médico, afirmando que o que ocorreu foi uma tragédia, mas jamais um crime de homicídio. No entanto, a investigação revela um histórico de comportamento questionável por parte do médico, incluindo a tentativa de aborto e a manipulação do corpo da vítima.
Acredita-se que o crime tenha sido planejado e executado com precisão, utilizando as habilidades técnicas do médico para cometer o ato hediondo. A investigação está em andamento, com a Polícia Civil trabalhando para esclarecer todos os detalhes do crime e tomar as medidas necessárias.
Em nota, a defesa de André diz que o médico é ‘absolutamente inocente’ de todas as acusações que estão sendo feitas, e afirma que o que ocorreu com Patrícia ‘foi uma tragédia, mas jamais um crime de homicídio’.
Investigadores apontam precipitação nas declarações
O diretor da Divisão de Investigações de Homicídios, Rafael Pereira, disse que houve precipitação nas declarações veiculadas pelos órgãos competentes, visto que os fatos relacionados à morte da senhora Patrícia Rosa dos Santos ainda não foram devidamente esclarecidos.
Em nota, a defesa de André diz que o médico é ‘absolutamente inocente’ de todas as acusações que estão sendo feitas, e afirma que o que ocorreu com Patrícia ‘foi uma tragédia, mas jamais um crime de homicídio’.
Crime envolveu uso de medicação letal
Segundo o diretor da Divisão de Investigações de Homicídios, o suspeito adormeceu a mulher com o uso de uma medicação chamada Zolpidem, inserida no sorvete da vítima, e depois administrou outras duas substâncias letais que só poderiam ter sido adquiridas pelo serviço de emergência de alguma unidade de saúde. Uma das medicações foi o Midazolam, e a aplicações teriam sido realizadas no pé, para não deixar marcas evidentes no corpo da mulher.
Investigação aponta manipulação do corpo da vítima
De acordo com o diretor, também foram encontradas diversas provas no local do crime. ‘A mulher havia sido movida de lugar. Ele alega que ela morreu comendo um sorvete e dormindo no sofá, e ela estava na cama, num local completamente diferente’, disse Rafael Pereira, diretor da Divisão de Investigações de Homicídios.
Fonte: © Notícias ao Minuto