Vacinação contra HPV avançou, integrada às estratégias de cuidado. Aumentou o risco de infecção para vítimas de abuso sexual, doença relacionada ao vírus HPV, acometimento clínico e psicológico grave e doloroso, trata-se com Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais.
É comum vermos nomes de profissionais atuantes na área da saúde ganhando destaque em eventos de grande relevância. Em 26 de março, aconteceu uma audiência pública na Câmara dos Deputados, na qual o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, esteve presente. Ele atua atualmente no Ministério da Saúde.
Essa audiência pública foi um momento importante para discutir a saúde, tendo em vista a importância de uma saúde pública de qualidade em nosso país. De acordo com alguns parlamentares, é preciso investir ainda mais no setor de saúde do poder legislativo para garantir que todos tenham acesso a cuidados médicos de qualidade. Eder Gatti reforçou a importância de se trabalhar em conjunto para fortalecer o sistema de saúde brasileiro.
Integração do Cuidado e Vacinação Para a Saúde Pública
A Comissão Especial sobre Combate ao Câncer no Brasil promoveu um encontro crucial abordando a vinculação entre o cuidado integrado às vítimas de abuso sexual e a vacinação contra o vírus HPV, realçando sua importância fundamental na saúde pública. Durante a audiência, Eder Gatti destacou que o Brasil oferece gratuitamente a vacina contra HPV nos postos de saúde e Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), uma estratégia de suma importância para prevenir lesões pré-cancerígenas e cânceres relacionados ao vírus.
Ele lembrou o marco histórico dessa iniciativa em 2014, quando a vacina foi incluída no Calendário Nacional de Imunização para meninas, e posteriormente ampliada para meninos e outros grupos prioritários. O diretor também abordou os desafios históricos enfrentados pelo programa, como crises de confiança relacionadas à vacina, especialmente da vacina HPV, e o impacto negativo da desinformação na saúde pública.
Uma das inovações destacadas foi a adoção do esquema de dose única para adolescentes entre 9 e 14 anos, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Gatti salientou que essa mudança simplifica o manejo logístico, permite a incorporação de outros grupos prioritários e facilita a recuperação de coberturas vacinais em adolescentes mais velhos. Além disso, o diretor enfatizou a importância da inclusão de vítimas de abuso sexual, especialmente crianças e adolescentes, como grupo prioritário da vacinação contra o HPV, uma inclusão que a OMS já recomendava.
Ele destacou a vulnerabilidade desse grupo e a importância de garantir o acesso a esquemas de proteção específicos. ‘Esses jovens enfrentam maior risco de exposição e complicações relacionadas ao HPV. Por isso, o Brasil elaborou esquemas vacinais diferenciados, com duas ou três doses dependendo da faixa etária’, explicou Gatti. O diretor também informou que em 2024 novos grupos prioritários foram incluídos nessa vacinação, como os portadores de Papilomatose Respiratória Recorrente, doença relacionada ao vírus HPV que pode causar grave acometimento clínico e psicológico, e de difícil e doloroso tratamento.
Os usuários de PrEP também foram contemplados nessa vacinação, uma vez que estão em risco aumentado para a infecção HPV. Eder Gatti anunciou algumas ações para 2025, como uma estratégia de resgate vacinal para jovens de até 19 anos e o lançamento de um painel de transparência sobre a vacinação contra HPV. Ele concluiu destacando o importante papel do poder legislativo na disseminação da importância e segurança da vacina HPV, o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) como o maior programa público de vacinação do mundo, enfatizando a necessidade de fortalecer a produção nacional e as parcerias internacionais para garantir a autonomia e a atualização constante do DPNI.
A integração do cuidado e vacinação é fundamental para a saúde do poder legislativo, com o SUS como o maior programa público de vacinação do mundo. A saúde pública é a prioridade, com esquemas de proteção específicos e inclusão de vítimas de abuso sexual. A vacinação é uma estratégia fundamental para prevenir lesões pré-cancerígenas e cânceres relacionados ao vírus HPV.
Fonte: @ Ministério da Saúde