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Construções populares em poucos dias, com custo similar, menos mão de obra, normas para aprovar, redução de custos.
Propaganda Empresas já disponibilizam no Brasil equipamentos e insumos para a produção de moradias-3D. Fornecedores associados ao setor relatam que há um interesse cada vez maior por parte de empresas de construção para adotar a tecnologia em moradias populares – visando diminuição de despesas e aumento de eficiência.
Além disso, a tendência das construções-3D também atrai investidores interessados em inovação no mercado imobiliário. A possibilidade de criar casas-3D de forma rápida e econômica tem despertado a atenção de diversos setores da indústria da construção.
Avanços nas Moradias-3D e suas Potencialidades
O maior desafio para o setor, atualmente, é a carência de regulamentos para aprovar empreendimentos desse tipo em larga escala. A demanda por moradias-3D está crescendo exponencialmente, refletindo um interesse crescente nessa tecnologia inovadora.
As primeiras construções-3D no Brasil foram solicitadas, principalmente, por indivíduos interessados na tecnologia. Um exemplo é a empresa gaúcha Printek 3D, que utilizou maquinário de ponta para criar uma casa térrea de aproximadamente 80 metros quadrados para um engenheiro em Caxias do Sul (RS) no início deste ano.
Essas casas-3D são construídas sem tijolos, madeira ou reboco, utilizando uma mistura de areia, cimento e microconcreto adequada para impressão. A estrutura das paredes, com 4,5 metros de altura, foi concluída em menos de três dias, com apenas duas pessoas trabalhando na obra.
No entanto, a finalização do projeto foi temporariamente interrompida devido às fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul. Sergio Chapochnicoff, fundador da 3D Printek, destaca que as moradias-3D feitas com essa matéria-prima oferecem isolamento térmico e acústico, além de uma redução de custos significativa.
A empresa mineira Cosmos 3D também está ativa nesse mercado, exibindo suas criações na Expo Construção Offsite 2024, em São Paulo. O custo de construção varia de acordo com o tipo de concreto escolhido, com um custo médio de R$ 250 por metro quadrado de parede.
Manfredo Belohuby, da Sika, destaca a semelhança de custos entre as casas-3D e as tradicionais em termos de matéria-prima. Ele menciona que construtoras em várias regiões do Brasil já estão adotando essa tecnologia, vislumbrando seu potencial para projetos populares de moradias, como o Minha Casa, Minha Vida.
Apesar do interesse crescente, a falta de normas específicas tem sido um obstáculo para o pleno desenvolvimento desse mercado. Belohuby enfatiza a necessidade de regulamentações claras e está colaborando com um grupo da Universidade de São Paulo (USP) e construtoras para superar esse desafio.
Fonte: @ Info Money