Produto não autorizado pela Anvisa, usada em procedimentos estéticos, pode causar reação alérgica ou choque, levando a periculosidade até uso de desfibriladores.
A servidora foi submetida a um tratamento de reabsorção de substância com hialuronidase, um medicamento usado para dissolver a substância colageno na região das bochechas e sob os olhos, no dia 11 de março, último dia de trabalho antes do pedido de afastamento por licença-maternidade.
Porém, logo após a aplicação, Danielle começou a apresentar estéticos sintomas de alergia à substância, como dor de cabeça, dificuldade para respirar, coceira e inchaço. Em seguida, ela passou mal e teve um choque anafilático, que levou ao procedimento de desfibrilação com substância cardíaca.
A investigação da Polícia Civil aponta que o procedimento foi irregular e que a servidora apresentava uma alérgia conhecida ao hialuronidase.
Reações adversas ao procedimento estético
A morte de Danielle pode estar relacionada à aplicação de uma substância sem registro na Anvisa, que pode ter causado uma reação alérgica grave. A clínica onde o procedimento foi realizado foi interditada, e a proprietária foi presa por diversas irregularidades.
Substância sem registro
A delegada Débora Melo, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon), afirmou que a substância usada foi a enzima hialuronidase, aplicada na região abaixo dos olhos para reverter um preenchimento facial anterior. No entanto, a Anvisa não autorizou o uso dessa substância, o que pode ter levado à reação alérgica e à morte da paciente.
Choque e reação alérgica
A paciente passou mal logo após a aplicação da substância e precisou ser socorrida pelo Samu, mas teve morte cerebral no dia seguinte no Hospital de Urgências de Goiânia. A delegada suspeita que a clínica carecia de equipamentos básicos para lidar com emergências, como desfibriladores, o que pode ter agravado a situação.
Procedimentos estéticos e periculosidade
A clínica foi interditada e a proprietária foi presa por exercício ilegal da medicina, oferta de produto ou serviço impróprio ao consumo e execução de serviço de alta periculosidade. A empresária também oferecia cursos relacionados a procedimentos estéticos invasivos, ampliando o alcance de práticas irregulares.
Substância e procedimento invasivo
A delegada afirmou que a clínica carecia de medicamentos vencidos, anestésicos hospitalares, itens cirúrgicos sem esterilização e materiais misturados inadequadamente. A proprietária também se apresenta nas redes sociais como biomédica e enfermeira, o que pode ter levado a uma reação alérgica e à morte da paciente.
Reação alérgica e procedimento estético
A morte de Danielle gerou indignação entre familiares, que afirmam que a esteticista tentou realizar uma traqueostomia de forma inadequada no momento do incidente. O Conselho Regional de Biomedicina – 3ª Região (CRBM-3) informou que está apurando o caso e que a empresária tem habilitação em Biomedicina Estética e está devidamente registrada.
Fonte: @ Terra