A transição energética e fenômenos ambientais trazem exponenciais tecnologias, impactando interações sociais e comportamentos intergeracionais. Isso afeta estruturas produtivas e cadeias, gerando pressões inflacionárias e atividades empresariais.
A mudança é um tema sempre presente em nossas vidas, seja em contextos pessoais ou profissionais. Nesta era de alta velocidade e rápida disseminação de informações, a ideia de mudança ganha um novo significado, com a necessidade constante de se adaptar às novas circunstâncias. Neste sentido, a frase de Stephen Hawking assume um papel de grande importância.
A desglobalização e a busca por inserção em mercados mais robustos têm levado a um processo de transformação em curso no Brasil. Para sair do seu isolamento, o país precisa se adaptar às novas regras e mecanismos que a globalização impõe. A mudança é o fator determinante. Neste cenário, a transformação é necessária, pois o país precisa se adaptar para manter seu status quo. Com isso, a mudança não é apenas um processo, mas um imperativo para o desenvolvimento do Brasil.
Mudanças Exponenciais em um Mundo Desafiador
Em um mundo marcado por mudanças profundas e aceleradas, estamos testemunhando uma série de transformações que impactam todos os aspectos de nossa vida. Desde as inovações tecnológicas com capacidade computacional exponencial até a transição energética e fenômenos ambientais mais intensos e frequentes, estamos vivenciando uma era de mudança sem precedentes. Essas transformações não apenas afetam as dinâmicas sociais e econômicas, mas também produzem uma sensação coletiva de imprevisibilidade, levando a um sentimento natural de maior insegurança sobre o futuro.
A desglobalização, com sua resultante reordenamento das cadeias produtivas, está em curso desde o primeiro governo Trump. Intensificada pela pandemia da Covid e pelos tensionamentos geopolíticos presentes em várias áreas do globo nos últimos anos, essa tendência está modificando o panorama econômico. Além disso, uma cooperação e coordenação militares cada vez mais incertas para inibir conflitos regionais estão contribuindo para esse ambiente.
Essa nova realidade econômica global é marcada por uma economia mais ineficiente, com estruturas produtivas mais fragmentadas e eventuais pressões inflacionárias. Além disso, o crescimento potencial agregado é reduzido, mantidos os demais fatores constantes. Nesse cenário, as empresas que operam globalmente tendem a reavaliar seus investimentos, priorizando países com percepção de maior segurança e conhecimento das regras e dinâmicas de negócios.
A consequência disso é um reordenamento de capitais que altera o padrão de crescente sincronia nos ciclos econômicos e financeiros entre os países. Isso produz maior divergência de desempenhos e maior discrepância entre fluxos de capitais, tornando cada país mais dependente de suas próprias competências e conduções para se destacar em relação aos demais.
Outros fatores, como o uso de recursos para a rápida transformação tecnológica e as alterações profundas nas formas de interações sociais e informações cada vez mais difusas, estão intensificando essa tendência. Além disso, as mudanças demográficas rápidas, com mais idosos e menos jovens, e as alterações profundas nas preferências intergeracionais super-heterogêneas estão contribuindo para essa complexidade.
Nesse contexto, é essencial refletir sobre as implicações desse ‘mundo novo’ para compreender os novos paradigmas de atuação de cada agente econômico, as novas restrições impostas e as políticas econômicas e sociais adequadas para esse novo conjunto de restrições e demandas. Vamos explorar alguns itens desse conjunto de transformações e suas implicações para o futuro.
Fonte: @ Valor Invest Globo