Senado deve aprovar mais de 50 indicados por Trump em cargos-chave, incluindo Defesa e Saúde, enquanto Musk ameaça usar poder econômico para barrar reeleição de senadores e ocupar 53 das cadeiras.
Elon Musk, bilionário empresário, ameaçou retaliar membros do Senado que não apoiassem os nomes indicados por Trump para o secretariado do novo governo. A ameaça foi revelada pela revista ‘Time’ em seu último número.
Os nomes em questão fazem parte da lista de indicados ao secretariado do novo governo, liderado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O empresário de tecnologia e CEO da SpaceX e Tesla, Elon Musk, considera que esses nomes são essenciais para o sucesso do governo. Além disso, ele Donald Trump foi candidato à presidência em várias oportunidades, e a sua lista de indicações é vista como uma chave para o sucesso do seu governo.
Conflito em Torno de Indicação de Trump: Auge da Controvérsia
Mais de 50 nomes que Trump indicou para o próximo governo enfrentam desafio de serem aprovados pelo Senado, instituição que detém o poder de aprovar ou barrar indicações. A maioria das indicações de Trump corresponde a secretários, cargos que se equiparam aos de ministros de Estado no Brasil.
Até o momento, apenas Marco Rubio foi confirmado pelo Senado como secretário de Estado. Os demais indicados ainda estão passando por sabatinas ou aguardam sua votação. A revista ‘Time’ revelou que Musk prometeu usar um Super Comitê de Ação Política, também conhecido como ‘Super PAC’, para financiar outros candidatos e impedir a reeleição dos senadores que votarem contra os nomes indicados por Trump.
A realidade política nos EUA está em um estado delicado, com apenas mais de um terço do Senado sendo renovado nas eleições de 2026. A maioria dos cargos em disputa está atualmente sob o controle dos republicanos. ‘Essa é a realidade que todos esses vivem nos próximos anos’, disse uma fonte próxima a Trump, segundo a ‘Time’. ‘Todos acabam entrando na linha no final das contas’.
O Partido Republicano, de Trump, atualmente ocupa 53 das 100 cadeiras do Senado, o que pode facilitar a aprovação das indicações. No entanto, alguns nomes propostos pelo presidente enfrentam resistências internas. É o caso de Pete Hegseth, indicado para a Defesa. Hegseth foi alvo de uma série de acusações nos últimos meses. Na mais recente, uma ex-cunhada dele afirmou a senadores que o indicado por Trump abusou de sua segunda ex-esposa.
Autoridades de segurança também acreditam que ele não seja qualificado para comandar o Pentágono. Hegseth é um veterano da Guarda Nacional e ganhou fama nos EUA por ser apresentador de TV. Diante das ameaças de Musk, segundo a ‘Time’, uma senadora republicana que havia se mostrado cética em relação à indicação de Hegseth resolveu apoiá-lo publicamente.
Elon Musk, o chefe do Departamento de Eficiência Governamental no governo Trump, terá o desafio de analisar os gastos do governo e promover cortes no orçamento. Musk é visto como uma peça importante na vitória de Trump nas eleições de 2024. Segundo a Associated Press, o empresário investiu cerca de US$ 200 milhões na campanha do republicano.
Especialistas e críticos apontam o risco de conflito de interesses na relação de Musk com o governo. Isso porque o empresário terá acesso a dados de agências federais ao mesmo tempo em que suas empresas prestam serviços para o governo.
Fonte: © G1 – Tecnologia