Universidade Federal de São Paulo testou tratamento com nitrogênio líquido em câncer-cardíacos, método novo na América Latina, realizado em ambulatório.
O tratamento de câncer é um tema cada vez mais central na saúde pública brasileira. Surge, então, a importância de centros de tratamento especializados em câncer, como a Unifesp, que realizou, pela primeira vez em um hospital público brasileiro, a crioablação para tratamento de câncer.
A crioablação, um tratamento não invasivo, foi realizada com êxito na Unifesp. Consequentemente, essa inovação técnica pode oferecer novas perspectivas de cura e melhoria da qualidade de vida para os pacientes com câncer de mama. O câncer é uma doença que afeta milhões de pessoas no mundo todo, e a crioablação se mostra como uma alternativa promissora para o tratamento de câncer de mama, proporcionando maior conforto e redução dos efeitos colaterais para os pacientes. Em especial, a crioablação demonstra ser uma opção viável para pacientes com câncer de mama de estágios iniciais.
Revolucionando o tratamento do câncer: uma abordagem inovadora
O Hospital São Paulo (HSP/Unifesp) está à vanguarda da medicina, realizando um procedimento pioneiro na América Latina para o tratamento do câncer de mama. Este método inovador envolve a utilização de nitrogênio líquido para congelar e destruir células cancerígenas ou tecidos-alvo, utilizando a crioablação, uma técnica minimamente invasiva que promete revolucionar a forma como tratamos o câncer de mama.
A crioablação é um procedimento que envolve a aplicação de temperaturas extremamente baixas para destruir células cancerígenas ou tecidos alvo. Neste caso, o nitrogênio líquido é utilizado para congelar a região afetada, formando uma esfera de gelo que destrói o tumor. A incisão deixada pela agulha é igual ou até menor à própria biópsia realizada pela paciente. Esta técnica é indolor, com alto grau de precisão e relativamente rápida, tornando-a uma opção atraente para pacientes com câncer de mama.
Os estudos produzidos pela Unifesp apontam que o procedimento pode ser realizado em ambulatório, sem necessidade de internação hospitalar, com o uso de anestesia local. Além disso, a crioablação já é utilizada em outros países, como Israel, Estados Unidos, Japão e Itália, para o tratamento do câncer de mama, além de outros tipos de câncer e problemas cardíacos, como a arritmia.
No Brasil, o procedimento ainda não consta no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para o tratamento do câncer de mama, mas já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O protocolo é aplicado em pacientes com tumores menores de 2,5cm e que têm indicação primária de cirurgia. O procedimento tem caráter experimental e marca a continuidade da pesquisa de pós-doutorado de Vanessa Sanvido, docente da instituição, relacionada ao câncer de mama.
A primeira parte do estudo consistiu na realização da crioablação seguida de cirurgia, obtendo uma eficácia de 100% para tumores menores do que 2cm. A fase atual do protocolo consiste na comparação de um grupo em que é feita a crioablação sem a necessidade de realização de uma operação, com outro grupo em que é feita a cirurgia tradicional. Nesta fase, mais de 700 pacientes participarão da pesquisa em 15 centros de saúde do estado de São Paulo.
A crioablação é uma opção promissora para o tratamento do câncer de mama, oferecendo resultados mais precisos e menores complicações. Além disso, o custo da agulha utilizada no procedimento é alto, mas com a expansão do uso da crioablação, o custo da agulha pode cair e se tornar mais acessível. A equipa do HSP/Unifesp está otimista de que poderá contar com o procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS) no futuro, o que pode tirar da fila do SUS de 20 a 30% das pacientes com câncer de mama.
Fonte: © MEC GOV.br