O aperto monetário deve compensar a política fiscal expansionista e o efeito do último ciclo de queda da taxa Selic.
A previsão de que a inflação no Brasil não chegaria aos 3% em um horizonte relevante para a política monetária, conforme meta do Banco Central, levou o economista-chefe da XP Asset Management, Fernando Genta, a considerar que o órgão precisaria aumentar a taxa Selic para pelo menos 15% no atual ciclo de aperto monetário. Dito isso, a projeção oficial do economista aponta para um juro básico bem menor que esse nível, em torno de 13% em meados do próximo ano.
O economista observa que o ciclo de aperto teria de compensar não apenas a política fiscal expansionista, mas também o efeito do último ciclo de queda nos juros, que levou a taxa Selic de 13,75% para 10,5% entre agosto de 2023 e maio deste ano. Essa análise leva a uma reflexão sobre como o cenário econômico pode afetar os planos de investimento, de forma que a gestão de risco e a diversificação de ativos se tornam aspectos fundamentais para mitigar impactos negativos da inflação no portfólio. Além disso, é fundamental acompanhar as movimentações da taxa Selic, pois ela pode influenciar diretamente nas taxas de juros oferecidas por bancos e instituições financeiras.
Impactos da Inflação no Ciclo Econômico
A inflação desempenha um papel crucial no ciclo econômico, influenciando a política monetária e fiscal. No Brasil, a política monetária no período de 2012 a 2014 foi caracterizada pelações de aperto, todavia a inflação não foi identificada como o principal foco. O efeito da política fiscal expansionista e a taxa Selic baixa colaboraram para a manutenção da economia em um ciclo de crescimento.
A análise da inflação nos últimos ciclos econômicos permite identificar padrões e relações entre os principais indicadores econômicos. A inflação alta pode afetar negativamente a economia, especialmente em países com alta dependência de importações. No entanto, a inflação baixa não foi identificada como o principal desafio na política econômica no período de 2012 a 2014.
A política monetária e fiscal colaboram para a manutenção da inflação dentro de um ciclo de crescimento. A política fiscal expansionista, associada à redução da taxa Selic, contribuiu para a manutenção da economia em um ciclo de crescimento.
Fonte: @ Valor Invest Globo