Parte das perdas foi compensada, na reestimativa de impacto, pela mudança no salário mínimo e abono salarial.
De acordo com o Ministério da Fazenda, o Congresso Nacional fez alterações no pacote de contenção de despesas, o que resultou em uma redução da economia esperada para 2025 e 2026, agora em R$ 69,8 bilhões. Em comparação com o valor original de R$ 71,9 bilhões, essa mudança representa uma diminuição de R$ 2,1 bilhões.
Na ocasião do café da manhã com jornalistas na manhã da sexta-feira, Haddad havia previsto uma perda um pouco superior a R$ 1 bilhão com a alteração na análise dos parlamentares. O impacto da desidratação no pacote de contenção de despesas foi significativo, afetando diretamente as despesas do governo. A economia esperada agora está comprometida, e o Congresso Nacional será fundamental para ajustes futuros.
Aécio Neves, ex-presidente do Senado, também se manifestou sobre as alterações, afirmando que “não podemos deixar de considerar as consequências” desse ajuste e ressaltou a importância de “examinar o impacto no orçamento futuro”. As mudanças significam que o governo precisará ajustar suas prioridades e encontrar maneiras de economizar ainda mais.
Ajustes no Pacote Não Impactam Impacto Fiscal, Como Alerta o Fiscal do Ministério
Avisos do Ministério da Fazenda sugerem que o impacto fiscal do pacote de reformas impostas pelo Congresso Nacional permanece praticamente inalterado, segundo o ministro da pasta. A informação é considerada relevante para os próximos ajustes na economia do país. Dentre as principais mudanças, a retirada da regra de cálculo do Fundo Constitucional do Distrito Federal é a mais significativa. De acordo com os cálculos da Fazenda, essa mudança teria elevado a economia em R$ 2,3 bilhões nos próximos dois anos.
Mudanças na previdência militar, que poderiam trazer economia de R$ 2 bilhões até 2026, também estão sendo analisadas. Entretanto, o material da Fazenda destaca que essas alterações ainda estão em análise e precisam ser aprovadas pelos parlamentares. O texto também aborda o impacto fiscal das mudanças no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada, que, segundo a Fazenda, podem resultar em perdas de R$ 4 bilhões.
A Fazenda também menciona que a economia estimada para a biometria, considerando apenas 25% das estimativas iniciais, seria de apenas R$ 1 bilhão. Esse valor poderia ser compensado pela reestimativa do impacto das mudanças no abono salarial e no salário mínimo, devido a uma nova estimativa do crescimento do PIB de 2023.
Fonte: @ Valor Invest Globo