Tive um sonho de Natal com três gigantes da literatura portuguesa sobre o humano, tecnológico e eterno. Sonho que mistura, espírito de celebração, tempo de união, papéis fantásticos, propósito e humanidade.
Em uma noite de 23 de dezembro de 2024, Cesar encontrou-se em uma jornada surreal por um túnel de palavras, enquanto sonhava. Nesse cenário, ele se via envolvido em uma luta entre a força criadora do ser humano e o poder da tecnologia. Em meio a essa batalha, ele se deu conta de que a força humana não é facilmente derrotada, e sim poderosa.
Nessa jornada, ele mergulhou em uma reflexão profunda, e descobriu que a essência do ser humano está intrinsecamente ligada ao poder da criatividade e da inovação. Ele percebeu que, ao longo da história, os seres humanos têm sido capazes de criar e redescobrir constantemente, o que o levou a refletir sobre o papel da criatividade no desenvolvimento da sociedade. Ao longo de sua jornada, ele se deu conta da importância da interação entre a pessoa e o meio ambiente, e da forma como as inovações tecnológicas podem ser utilizadas para melhorar a qualificação de vida de cada indivíduo.
Uma Encontre Inesperada
Cesar se viu cercado por uma atmosfera peculiar, como se tivesse desembarcado em um lugar que parecia ter escapado do tempo. Veleiros com velas cintilantes e circuitos dourados iluminavam o ambiente, criando um cenário que era ao mesmo tempo antigo e futurista. Diante dele, três figuras notáveis emergiram da névoa — Fernando Pessoa, Luís de Camões e José Saramago. Cesar esfregou os olhos, sem acreditar no que via. O que parecia ser um sonho que misturava o espírito de celebração com um encontro improvável, como se tivesse tropeçado em seu próprio País das Maravilhas.
A Múltipla Identidade
Pessoa se apresentou, dizendo que se via como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que distorciam e refletiam falsamente uma única realidade que não estava em nenhum e estava em todos. ‘Dizem que sou múltiplo, mas prefiro me ver assim’, disse Pessoa. Camões, por sua vez, se apresentou como Luís de Camões, navegante das palavras e dos mares. Ele enfatizou que este era um tempo propício para contemplar os novos mundos que desbravavam. Saramago se apresentou como um questionador do óbvio, sussurrando que parecia que este devaneio os reuniu para discutir o que significa ser humano em um tempo em que máquinas pensavam e o mundo buscava sentido.
O Talento para Ser Humano
Saramago refletiu que o Natal era entendido não apenas como celebração religiosa, mas como um tempo de união, reflexão e renovação, valores humanos universais que transcendiam qualquer crença. Valores que até um ateu rabugento como ele conseguia apreciar. Cesar, ainda atônito, percebeu que o sonho parecia mais real do que podia imaginar. Ele, que sempre se viu como um sonhador e entusiasta da tecnologia, agora dividia espaço com três gigantes da literatura.
A Conversa que Inspirava
Cesar se recuperou e decidiu embarcar na conversa, tratando cada pronome e conjunção como se fossem peças de porcelana fina. Ele disse que estava em um momento em que a tecnologia avançava exponencialmente, mas também nos confrontava com questões profundas sobre propósito e humanidade. E era Natal, uma época que sempre nos convidava à reflexão. Aqui estavam, no limiar de um novo ano… Camões disse que enfrentavam monstros e tempestades, como outrora. Mas hoje os monstros eram invisíveis, feitos de dados e códigos. Saramago perguntou se estavam olhando para o essencial, o humano, o afeto, o desejo de construir algo que transcende o tempo.
Fonte: @ NEO FEED