Com o mercado imobiliário em constante evolução, os compradores optam por unidades com metragens num único projeto, valorizando diferentes tipologias que reúnem os moradores.
No dia 15 de julho de 2021, um imóvel é um investimento que pode satisfazer as necessidades de diferentes pessoas. Com isso em mente, é fundamental entender as preferências e o estilo de vida de cada um, pois isso pode afetar diretamente as demandas por determinados tipos de unidades e serviços. Por exemplo, famílias com crianças pequenas podem buscar unidades com mais espaço em áreas de lazer internas, enquanto casais mais velhos podem preferir unidades mais simples em bairros com menos barulho e mais tranquilidade.
Além disso, o valor da unidade também é influenciado pelo local em que ela se encontra, como por exemplo, se é em um bairro com configuração de moradias de alta classe, isso pode ser um gatilho para aumentar o valor da unidade, também a configuração de famílias, critérios exclusivamente econômicos, sociais e demográficos, emprendimentos que oferecem unidades para atender às necessidades de pessoas com características bem diferentes, e a vontade de morar em determinado bairro, que é um dos principais fatores que contribuem para o estilo de vida de uma pessoa. Além disso, também é importante considerar a valorização de uma assinatura arquitetônica, que pode ser um diferencial para unidades de alta qualidade e design inovador. Por fim, o estilo de vida de cada pessoa é único e pode ser influenciado por uma variedade de fatores, incluindo as características urbanas do entorno, o que pode afetar a demanda por tipos específicos de unidades e serviços.
Estilo de vida: o novo norte para a construção imobiliária
O mercado imobiliário está vivendo uma revolução. E ninguém mais pode negar que o estilo de vida de quem pretende morar em um imóvel está cada vez mais influenciando a demanda por unidades imobiliárias específicas. Imóveis são criados para serem habitados, e as famílias, as rotinas e os hábitos de vida de seus futuros moradores devem ser o aliciamento do mercado. Construtoras e incorporadoras estão percebendo que critérios exclusivamente econômicos, sociais e demográficos são apenas parcialmente relevantes. Em vez de apenas considerar a renda ou o tamanho das famílias, é hora de considerar o estilo de vida dos potenciais compradores como um dos principais critérios. A assimetria entre as ‘personas’ tradicionais para quem os empreendimentos foram inicialmente projetados e as que efetivamente estão comprando ou habitando estes imóveis está se tornando cada vez maior.
Um estilo de vida que define as escolhas
A proliferação de empreendimentos que oferecem unidades de diferentes metragens num único projeto é um exemplo disso. São condomínios que reúnem pessoas e famílias com características bem diferentes, mas que compartilham uma vontade de morar em determinado bairro ou região da cidade, valorizar uma assinatura arquitetônica ou serviços que atendam seus gostos pessoais ou estilos de vida que unem estas ‘tribos’ em atributos muito mais sociais e de comportamento do que estatísticos. Na cidade de São Paulo, não faltam exemplos disso. A SKR, por exemplo, criou o conceito de Arquitetura Viva, cujo foco é em novas experiências de moradia e interação e a Setin trouxe o conceito Alma Brasileira valorizando a estética e os talentos do design nacional. Há empreendimentos com diversas tipologias, que unem os moradores não pelo perfil familiar, mas por viver em um local integrado ao seu entorno, com uma arquitetura para ser vista e também funcional e com recursos tecnológicos, além de acesso às praticidades que a vida urbana oferece, como lazer, comércio e serviços.
Um estilo de vida que define a localização
Empreendimentos como esse não são exatamente novos: no caso da capital paulista, basta olhar para ícones como o Conjunto Nacional, o Edifício Copan e dezenas de outras construções das décadas de 1950 e 1960 que já traziam a proposta de reunir unidades de diferentes tamanhos e configurações num único prédio. O mercado está, de certa forma, redescobrindo que a localização e o estilo de vida propiciado por uma moradia às vezes são o fator decisivo para o potencial morador. Essa percepção empírica, baseada no surgimento de edifícios com unidades de perfis diversos, é corroborada pelos números. A última pesquisa ‘Tendências de moradia’, do Data ZAP, publicada neste ano, traz insights sobre o tema. Há, por exemplo, um crescimento na procura por equipamentos ‘não convencionais’ nos condomínios. Itens tradicionais, como churrasqueira, salão de festas e academia, continuam, é claro, atraindo boa parte dos compradores, mas há três categorias novas que já despertam nível ‘alto’ de interesse em mais de 30% dos entrevistados:
Fonte: © Estadão Imóveis