Gestoras dizem que BDRs de ERFS são mais eficientes e menos caros, mas produtos podem custar menos de R$ 1 mil, sob custódia de B3.
Após mais de três anos sem lançamentos de IPOs na B3, uma nova era de diversificação de investimentos está emergindo na bolsa brasileira. Com a expansão do número de ETFs, os investidores brasileiros agora têm acesso a uma ampla gama de opções para diversificar seus portfólios. O crescente número de fundos listados na bolsa, que hoje é de 114, é um claro sinal de que o mercado está se adaptando às demandas de uma era de incerteza. Além disso, a diversidade de segmentos que os ETFs atuam, desde a economia brasileira até a global, oferece aos investidores mais opções para escolher.
Os ETFs são uma opção atraente para os investidores que buscam uma abordagem mais diversificada e eficiente para gerenciar seus ativos financeiros. Com a capacidade de replicar a performance de um índice ou de um conjunto específico de ativos, os ETFs oferecem uma solução flexível para os investidores que buscam maximizar seus investimentos em diferentes segmentos financeiros. Desde 2021, o número de ETFs na B3 dobrou, o que é um sinal claro de que os investidores estão cada vez mais procurando formas de expandir seus portfólios e reduzir o risco por meio de investimentos em ETFs estratégicos. Além disso, a expansão dos ETFs na B3 também é um indicador do aumento da concorrência no mercado financeiro brasileiro, com novas empresas entrando no mercado e oferendo produtos cada vez mais inovadores.
Nova Era de Investimentos: ETFs no Brasil
Com o crescimento contínuo, o mercado de ETFs no Brasil ainda se encontra em uma etapa de desenvolvimento, comparado ao seu porte global. Globalmente, os ETFs geram US$ 14,5 trilhões, representando cerca de 30% do volume negociado de ações nos Estados Unidos. No entanto, essa proporção não é alcançada no Brasil, com apenas cerca de 10% do volume negociado de ações. As gestoras apostam que essa lacuna deve diminuir nos próximos anos, criando oportunidades para novos entrantes.
Império dos ETFs: A BlackRock
São 12.843 ETFs no mundo e, nesse jogo, a BlackRock é a maior gestora, com US$ 3,9 trilhões em mais de 1.500 fundos negociados globalmente. A BlackRock começou sua ascensão em 2009, após adquirir a marca iShares da Barclays, líder do mercado à época. No Brasil, a BlackRock é a maior gestora de ETFs de renda variável, com mais de R$ 15 bilhões sob gestão. A gestora mudou sua estratégia, focando na introdução de ETFs já lançados no exterior por meio de BDRs.
Invistindo em ETFs BDRs
Regulamentados em 2020 e abertos ao público geral em 2021, os BDRs de ETFs se proliferaram rapidamente no mercado brasileiro, chegando a 258, número superior ao dobro de ETFs listados localmente. Desses, 153 pertencem à BlackRock. A gestora explica que os BDRs de ETFs têm uma estrutura mais eficiente do que ETFs listados localmente que seguem o mesmo índice.
Oportunidades e Desafios
A taxa de administração do IVVB11, o ETF com maior número de investidores na bolsa brasileira, é de 0,23% ao ano, com 20 basis points atrelados aos custos da estrutura local. Já o BIVB39 custa 0,03%, acrescido de uma taxa de custódia da B3 e outra incidente sobre o valor dos dividendos. O baixo custo dos BDRs de ETFs tem impulsionado a oferta de produtos. No entanto, a demanda ainda patina. Dos 5,1 milhões de CPFs cadastrados na bolsa, apenas 0,5% investe nesse tipo de fundo.
Fonte: @ NEO FEED