Acompanhamos a ação de Natal do médico que cuida de Lula, atuando como o Cavaleiro das Trevas, Batman, ao presenteiar pacientes pediátricos do InCor.
Nem mesmo o maior super-herói do universo poderia ter previsto o que estava por acontecer. Em um momento em que o país precisava da liderança e do carisma de seu presidente, Batman era a última pessoa que os brasileiros pensariam em ver em cena. Mas, nessa manhã agitada, o mundo parecia ter virado de ponta-cabeça e os brasileiros precisavam de alguém para levá-los por essa jornada turbulenta.
Enquanto os médicos trabalhavam incansavelmente para recuperar o presidente, o traje completo de Batman estava pronto para ser posto e a cidade começava a se preparar para o que parecia ser um dia de tumulto sem precedentes. E tudo isso estava acontecendo em um momento em que o Brasil precisava mais do que nunca de um herói para levá-lo por essa tempestade. Batman, com sua determinação e coragem, estava pronto para assumir o papel de líder e mostrar ao mundo o que o Brasil era capaz de fazer quando se unia contra as adversidades.
Um cardiologista com um lado lúdico
Em meio à missão de orientar a equipe médica e acompanhar outros pacientes, o cardiologista Roberto Kalil Filho encontrava tempo para desfrutar de sua paixão pelo mundo de super-heróis. Neste contexto, ele se destacava como um verdadeiro defensor da causa, sempre pronto a colocar seu traje completo de Batman à disposição das crianças da ala pediátrica do InCor, o Instituto do Coração, em uma ação de Natal. A reportagem de VEJA acompanhou parte do dia do ‘médico dos presidentes‘, aquele que acompanha Lula há 33 anos e cuidou de quase todos os mandatários desde a redemocratização do país. Havia uma grande expectativa pela chegada do Batman, o Cavaleiro das Trevas, que seria recebido com entusiasmo por crianças e profissionais do InCor.
A magiciana presença de Batman
No Espaço Marisa Monte, área na Pediatria do hospital, localizado na capital paulista, os pequenos pacientes e seus acompanhantes estavam reunidos para posar ao lado do super-herói. Presidente do conselho diretor do instituto, Kalil Filho, chegou ao lado do Papai Noel e de um duende encarnando o personagem diante de 30 crianças que tratam doenças cardíacas e pulmonares no local. Diante dos olhinhos brilhantes dos pequenos pacientes, mantinha o porte altivo do Batman, mas também demonstrava carinho a cada pedido de foto, abraço ou mesmo para passar alguns minutos de mãos dadas. E também sorria. Batman nenhum resistiria àquelas carinhas de encantamento e felicidade.
Uma interação única com os pequenos e os profissionais
Foram 30 minutos de interação com os pequenos e seus acompanhantes, médicos, enfermeiros e demais profissionais da unidade. O tempo foi suficiente para levar alegria e viver o personagem adotado há mais de dez anos durante as festividades de fim de ano. Não é a única fantasia. Na Páscoa, o médico se veste de coelho para divertir os pacientes. Como hobby, é saxofonista da banda InCordes, formada por profissionais da unidade, que é o maior hospital cardiológico público do Brasil. ‘As crianças e a música ajudam a trazer serenidade. É preciso ser sereno ao trabalhar como médico’, afirma.
Da festa de Natal ao Sírio-Libanês
Encerrada a atividade, ele rapidamente se trocou e apareceu com a tradicional roupa branca para se dirigir ao Hospital Sírio-Libanês, onde Lula está internado. Na rua, a caminho do carro, retornou e atendeu ligações, andando com o que o cantor Chico Buarque definiu tão bem como ‘sotaque paulista nos pés’. Dr. Kalil anda rápido demais e, se o passo de quem o acompanha se distrair um instante, o médico já estará longe. Continua a rotina como se não fosse nada. O tempo também corre e, na porta do Sírio, o cardiologista passa para ver o paciente ilustre e também os anônimos, que recebem o mesmo nível de atenção.
Por trás das perguntas e dos diagnósticos
Diante do aglomerado de jornalistas, ele faz uma pausa e, sim, fala com a imprensa. Kalil tem experiência com as perguntas em série sobre diagnósticos e boletins médicos de chefes de Estado, afinal, acompanhou Michel Temer, Dilma Rousseff, Fernando Collor, José Sarney e Lula. São décadas à frente de decisões e quadros complexos, no entanto, uma máxima do médico é tratar sempre a pacientes como se fossem família.
Fonte: @ Veja Abril