Ações da tecnologia americana garantem mais de 44% de ganhos em real desde janeiro e permanecem como os ativos da informação com mais investimentos em agenda de longo prazo da vitória republicana.
Em um cenário de alta volatilidade, a criação de um investimento sólido é fundamental para garantir estabilidade financeira no mercado. Isso significa que a escolha do instrumento certo para o seu portfólio é crucial.
No entanto, a posição de destaque da criptomoeda no investimento no mercado não deixa dúvidas de que a diversificação é essencial. Em ações, por exemplo, é possível associar o risco a diferentes setores da economia, como a saúde ou a tecnologia. A mesma lógica se aplica ao mercado de criptomoedas, onde ativos como o bitcoin podem apresentar altas e baixas abruptas. Com isso, não é incomum ver um investimento em criptomoedas misturado com outras oportunidades, como imóveis ou títulos de dívida, para reduzir o risco de perda.
Investimento no Mercado Digital Ganha Impulso
A partir da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, em novembro, o mercado digital esteve em alívio. A ascensão ao poder do presidente republicano trouxe consigo expectativas de uma agenda cripto mais focada no país.
Com o mercado digital, uma vez dominado por entusiastas da tecnologia da informação e pequenos investidores, agora compartilhando espaço com gigantes financeiros como a BlackRock, bancos mundiais e o potencial de participação do Tesouro americano, os criptoativos começaram a ganhar impulso. O bitcoin, em especial, alcançou um patamar histórico, flertando com os US$ 100 mil, e garantiu sua posição como o ativo que mais rendeu em 2024, com um ganho de 177,8% em real, entre janeiro e novembro.
Além disso, os índices de Nova York, ativos que se beneficiaram do ‘Trump trade’, e o dólar foram os destaques de rentabilidade em novembro, com recordes para a conta do mês. Com grande participação de ações das empresas da indústria de base, o Dow Jones escalou 7,54%, seu melhor desempenho mensal do ano, e o S&P 500 fechou em alta de 5,73%, também registrando seu melhor mês do ano.
Já o Nasdaq, mais concentrado nas grandes empresas de tecnologia, subiu 6,21%, no seu segundo melhor mês em 2024, e o dólar comercial valorizou 3,79% contra o real, encerrando o mês cotado a R$ 6, sua máxima nominal de fechamento.
Mas o cenário doméstico também teve um papel relevante, com a novela do pacote de corte de gastos terminando em tragédia para os investidores brasileiros, minando as esperanças de uma melhora no quadro fiscal. Com isso, os agentes do mercado financeiro ficaram mais desconfiados em relação ao compromisso do governo brasileiro com as metas, especialmente dois anos antes das eleições presidenciais no Brasil.
A questão da dívida pública é crucial para a construção de um ambiente de investimentos profícuo no país. A imagem de ter um governo federal com responsabilidade fiscal se derrama sobre o mercado como um todo porque reduz os riscos de um calote público, permitindo o resfriamento da inflação e o rebaixamento das taxas de juros no país, e o cenário macroeconômico deixa de dominar as discussões de investimentos, permitindo que as histórias das empresas retomem o protagonismo nas perspectivas de investimento no Brasil.
Fonte: @ Valor Invest Globo
