Crescimento-anual da indústria de aluguel no Brasil é impulsionado por mudanças nas regulamentações urbanas e nos preços de materiais.
Desde a década de 2000, o mercado de aluguel no Brasil tem apresentado uma expansão significativa, com estatísticas recentes indicando um aumento expressivo na demanda por residências alugadas. Dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam uma tendência de crescimento na escolha do aluguel como opção habitacional popular entre os brasileiros. De acordo com esses dados, apenas 12,3% dos domicílios brasileiros eram alugados no ano 2000.
Com o passar dos anos, o mercado de aluguel tem se tornado cada vez mais atraente, em especial para os jovens e famílias, que buscam alternativas viáveis e flexíveis para atender às suas necessidades de moradia. Isso se deve, em grande parte, à facilidade de contratação de residências alugadas, em contrapartida à maior complexidade envolvida na compra de imóveis, que muitas vezes exige um comprometimento financeiro a longo prazo. O aluguel se apresenta como uma opção mais acessível e dinâmica para as pessoas que procuram mudar de residência de forma regular ou que buscam uma experiência de moradia mais flexível.
Aluguel: Uma tendência ascendente no Brasil
O Brasil tem experimentado um crescimento significativo no número de domicílios alugados nos últimos duas décadas. Em 2000, cerca de 6,7 milhões de famílias viviam em residências alugadas, enquanto em 2022, esse número saltou para 18,8 milhões. Isso representa um crescimento anual de 5%, muito superior ao crescimento de 2,5% ao ano no número total de residências. Essa tendência é impulsionada por fatores como a alta taxa de juros no país, os custos de construção mais elevados e as mudanças nos planos diretores e regulamentações urbanas.
O crescimento do mercado de aluguel: Um fenômeno a longo prazo
Acredita-se que o mercado de aluguel continuará a crescer por pelo menos mais 10 anos, graças a três fatores principais: Alta taxa de juros, dificultando a compra de imóveis; Inflação nos custos de construção, aumentando o preço final dos imóveis; e Mudanças nos planos diretores e regulamentações urbanas, criando uma oferta limitada de novos empreendimentos. Além disso, a digitalização dos processos imobiliários tem facilitado o crescimento do mercado de aluguel, tornando o processo de aluguel mais ágil e sem burocracia.
Regiões líderes no mercado de aluguel
O Centro-Oeste do Brasil é uma das regiões que mais se destacam no mercado de aluguel. Estados como o Goiás, Mato Grosso e o Distrito Federal (DF) lideram em termos de penetração do aluguel. No DF, 33% dos domicílios são alugados, o que reflete a dinâmica econômica local e o perfil populacional da região. No entanto, o sudeste e o sul do país ainda são potências no mercado locatício, devido ao déficit habitacional em tais estados.
Custos de financiamento e preços de materiais
Os elevados custos de financiamento imobiliário e os preços de materiais mais altos têm dificultado a compra de imóveis, o que contribuiu para o crescimento do mercado de aluguel. Além disso, as regulamentações urbanísticas mais restritivas têm elevado o preço final dos imóveis, tornando-os menos acessíveis.
Soluções financeiras e garantia locatícia
A digitalização dos processos imobiliários tem permitido que os inquilinos aluguem um imóvel de forma ágil e sem burocracia. Plataformas digitais e soluções financeiras de garantia locatícia permitem que os inquilinos aluguem um imóvel sem a necessidade de documentos burocráticos, tornando o processo de aluguel mais viável para quem busca praticidade e flexibilidade.
Fonte: © Estadão Imóveis