Relatório Billionaire Ambitions Report 2024 pela UBS revela 19 novos bilionários no Brasil, com riqueza acumulada em agronegócio e energia renovável, seguindo estratégico crescimento interno.
Na passagem de 2023 para 2024, o Brasil experimentou um aumento significativo de 33% no número de bilionários, demonstrando um cenário econômico em alta. Tal crescimento reflete o dinamismo do mercado, que favorece o surgimento de novos atores econômicos.
É preciso destacar que a riqueza desses bilionários aumentou em 37,7% ao longo da mesma faixa temporal. Esse avanço foi o mais expressivo entre os países da América. A ascensão dessas fortunas em alinhamento com o ritmo de crescimento do país reflete a capacidade do mercado em gerar riqueza. Ainda, a predominância desses bilionários em cada setor econômico é um indicativo de eficiência econômica. Alguns, como Carlos Slim Helú, são os ricos mais ricos, com uma fortuna de 32 bilhões de dólares, assinalando o seu legado de sucesso. Nesse contexto, é possível observar que milionários também participam ativamente do mercado, com Carlos entre eles, como exemplo.
60 bilionários, US$ 154,9 bilhões: Brasil supera expectativas
Na lista dos mais ricos do mundo, o Brasil se destacou com 60 bilionários, 19 a mais do que em 2023, e um patrimônio acumulado de US$ 154,9 bilhões. Essa ascensão é o resultado de uma combinação de fatores, incluindo o crescimento acelerado do agronegócio e o aumento da demanda por energias renováveis.
Aumento significativo das fortunas
De acordo com o relatório ‘Billionaire Ambitions Report 2024, o montante nas mãos dos bilionários brasileiros cresceu quase 40% nos últimos 12 meses, o que é um dos maiores aumentos entre países americanos. Esse crescimento é, em parte, devido à fortuna acumulada por empreendedores, que agora representam 35% do contingente de bilionários. Rafael Gross, co-responsável pela plataforma brasileira de Global Wealth Management do UBS, destaca que o Brasil contém ‘algumas empresas familiares muito consolidadas e fortes, especialmente em setores estratégicos como agronegócio, bens de consumo e energia, que são fundamentais para a economia do país’.
Opções de crescimento
No entanto, Gross enfatiza que há um potencial de crescimento significativo para novos bilionários empreendedores, especialmente aqueles que encontram oportunidades inovadoras e significativas em áreas como tecnologia, fintechs e energias renováveis. Esses segmentos são considerados de grande potencial de crescimento em um mercado emergente como o Brasil.
Ranking das fortunas
O Brasil ocupa a quarta colocação no ranking das fortunas, atrás de Estados Unidos, com R$ 5,8 trilhões; Canadá, com US$ 213 bilhões e México, com US$ 199 bilhões. O país com mais bilionários também é os Estados Unidos, com 973 bilionários, uma alta de 12% em relação a 2023.
Aspectos-chave
O aumento significativo das fortunas brasileiras pode ter acompanhado o desempenho robusto do agronegócio e das commodities, apontados por Gross como ‘setores que se beneficiam naturalmente dos altos preços no mercado internacional e de uma demanda resiliente por exportações.’ Além disso, o Brasil também se destacou em energias renováveis, como o etanol e a eólica, atraindo o interesse de investimentos estratégicos em um cenário global de transição energética.
Desafios futuros
Para o Brasil subir mais posições e sair da quarta colocação desse ranking, Rafael Gross afirma que o país precisará realizar transformações estruturais. ‘Além de uma maior diversificação econômica, precisaríamos ver reformas fiscais mais robustas, um ambiente regulatório mais favorável e um estímulo muito maior à inovação e à capacitação. Sem isso, o país continuará vulnerável à volatilidade externa e às limitações de crescimento interno, mesmo com seu enorme potencial de recursos naturais,’ enfatiza.
Fonte: @ Valor Invest Globo